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Comandos são coniventes com os abusos, afirmam entidades
DO ENVIADO A SERTÃOZINHO
O ouvidor das polícias do
Estado de São Paulo, Luis
Gonzaga Dantas, não parece
confiante quando perguntado sobre os procedimentos
que a PM adotará com relação aos denunciados.
Segundo ele, foi pedido o
afastamento dos PMs. "Fomos ao comandante da PM,
coronel Álvaro Camilo, onde
fizemos um relato por escrito, tentando mostrar que os
policiais estavam abusando
da autoridade que tem, perseguindo pessoas, mas nada
foi feito", disse o ouvidor.
A conduta dos acusados,
afirma, é incompatível com o
que a população espera. "No
momento em que você atira
em um adolescente, ameaça
uma advogada, ameaça a
mãe do garoto, persegue pessoas e invade imóveis, fica
claro o abuso da autoridade
conferida ao policial."
Para o padre Agostinho
Duarte de Oliveira, da Comissão Teotônio Vilela, o "modus operandi" de PMs e guardas é preocupante na medida em que contariam com a
complacência dos comandos. "Não sabemos a ligação
que a guarda tem com a PM.
Mas é certo que a situação em
Sertãozinho é grave."
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