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Descarga de drogas no canavial é planejada
PF concluiu que traficantes montam verdadeiras "operações de guerra"
Delegado conta que os criminosos usam nomes de fruta como código para indicar a pista escolhida para descarregar droga
Divulgação
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Policiais federais cercam canavial da região de Ribeirão, em operação para prender drogas descarregadas ou jogadas de avião
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Polícia Federal de Ribeirão
Preto, por meio de interceptação telefônica, concluiu que as
operações de descarga de droga
nos canaviais da região são como "operações de guerra", e podem levar até cinco meses para
serem arquitetadas.
Um dos primeiros passos da
quadrilha é disponibilizar a
droga e organizar o "frete", que
historicamente não abastece
uma quadrilha e um local só.
"Para conseguir meia tonelada de cocaína, mesmo na Bolívia ou Colômbia, leva tempo.
Depois, tem a negociação de
preço e de quais quadrilhas
participarão da compra", explicou o delegado Fernando Battaus, com base nas escutas já
realizadas pelos agentes.
Depois disso, é feita a escolha
e o preparo da pista de pouso a
ser utilizada, geralmente em
um canavial e longe de tudo.
"Não há como negar que é
muito difícil investigar e saber
quando vai chegar um carregamento. Até com escutas é preciso ser experiente, pois eles falam em códigos", disse o delegado Battaus.
Em conversa interceptada, a
PF descobriu que os criminosos usam nomes de frutas para
dificultar a ação da polícia. "Vamos fazer suco de manga", diz
um dos homens, que provavelmente escolheu a pista.
No dia combinado para a entrega, carros e integrantes das
quadrilhas são convocados para a segurança, preparo e transporte da droga. "Muitas vezes
eles escondem debaixo de cana
cortada para ir buscar à noite".
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