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Contrabando usa as mesmas pistas, diz delegado da PF
DA FOLHA RIBEIRÃO
"Nas mesmas rotas do tráfico, o contrabando age todos os
dias", diz o delegado Fernando
Battaus, da Polícia Federal de
Ribeirão. "São menos cautelosos, o crime é menos grave e a
pena é mais branda. Por isso,
eles agem com menos pudor."
Com um lucro próximo do
que tem o traficante e com todas as facilidades, o contrabandista usa as mesmas pistas em
canaviais, mas também descarrega em aeroclubes e até pequenos aeroportos.
Pelo menos sete aeronaves
para contrabando foram
apreendidas pela PF de Ribeirão Preto nos últimos três anos,
quatro delas na Operação Tucano, em 2008, quando oito
pessoas foram presas.
"O problema é que eles ficam
presos dois ou três meses e depois saem. Por isso, já escutamos gente que vai duas vezes ao
dia ao Paraguai, de avião."
A pena para o crime de contrabando é de 1 a 4 anos de prisão, mas é possível converter
em fiança. O material trazido
para o Brasil, em geral eletrônicos, é "esquentado"-emite-se
nota fiscal falsa- e distribuído
em lojas especializadas.
"Hoje, é impossível dissociar
o tráfico de drogas e o contrabando", afirmou o professor de
relações internacionais e especialista em narcotráfico Argemiro Procópio, da UnB.
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