Ribeirão Preto, Domingo, 05 de Abril de 2009

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Contrabando usa as mesmas pistas, diz delegado da PF

DA FOLHA RIBEIRÃO

"Nas mesmas rotas do tráfico, o contrabando age todos os dias", diz o delegado Fernando Battaus, da Polícia Federal de Ribeirão. "São menos cautelosos, o crime é menos grave e a pena é mais branda. Por isso, eles agem com menos pudor."
Com um lucro próximo do que tem o traficante e com todas as facilidades, o contrabandista usa as mesmas pistas em canaviais, mas também descarrega em aeroclubes e até pequenos aeroportos.
Pelo menos sete aeronaves para contrabando foram apreendidas pela PF de Ribeirão Preto nos últimos três anos, quatro delas na Operação Tucano, em 2008, quando oito pessoas foram presas.
"O problema é que eles ficam presos dois ou três meses e depois saem. Por isso, já escutamos gente que vai duas vezes ao dia ao Paraguai, de avião."
A pena para o crime de contrabando é de 1 a 4 anos de prisão, mas é possível converter em fiança. O material trazido para o Brasil, em geral eletrônicos, é "esquentado"-emite-se nota fiscal falsa- e distribuído em lojas especializadas.
"Hoje, é impossível dissociar o tráfico de drogas e o contrabando", afirmou o professor de relações internacionais e especialista em narcotráfico Argemiro Procópio, da UnB.


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