Ribeirão Preto, Domingo, 05 de Abril de 2009

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Jovens deixam o circo para estudar ou para trabalhar

DA FOLHA RIBEIRÃO

As novas gerações de famílias circenses enfrentam um dilema diferente de seus pais e avós, sem muito acesso no passado a alternativas de estudo e trabalho. Muitos jovens saem do circo em busca de estudos.
Sabrina Lucas, 30, é a única da família que continuou no circo. Enquanto viaja, tenta manter sua faculdade à distância -está no 1º ano de teologia. Com o marido e dois filhos no circo, não pensa em deixar a vida circense, mas vê colegas tomarem caminhos diferentes. Duas irmãs pararam e o irmão foi trabalhar no Japão.
O filho Gabriel, 12, chegou a se apresentar no programa do Faustão na TV Globo e mostra gosto pela arte. Já a filha Kamylla, 11, quer estudar. "Quero ser pastora", conta a menina, da família que segue a Igreja Batista. "Por mim, meus filhos paravam para estudar. Eu gosto daqui, só sei fazer isso, mas sei que circo não dá futuro. Estudo, sim."
Márcio Monteiro, 29, do Circo Los Agady, vê nas associações uma forma de os jovens não deixarem o circo. "Elas buscam apoio, nos ajudam a trabalhar. A tendência dos mais novos é tentar se adaptar à época de hoje, mais moderna."
Ulisses Ângelo Junior, 29, o palhaço Costelinha, faz o caminho contrário: entrou no mundo do circo pelo teatro, em 2000. Dedica-se principalmente ao teatro de rua. Para ele, o circo sobrevive para quem tiver a visão de se adaptar aos tempos de hoje.


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