DA FOLHA RIBEIRÃO

Antes do início das disputas da Série A-1 do Campeonato Paulista desta temporada, que encerra sua primeira fase hoje, o presidente do Botafogo, Virgílio Martins decretou: o time vai brigar pelas primeiras posições. Dezoito rodadas depois, o Botafogo se dá por satisfeito em não ser rebaixado. O time esteve na zona de rebaixamento em várias rodadas, trocou de treinador, dispensou e contratou jogadores, sonhou com a disputa do Torneio do Interior e hoje briga só por uma vaga na Série D do Campeonato Brasileiro. Veja trechos da entrevista à Folha. (LUCAS REIS)

FOLHA - O que deu errado na campanha do Botafogo?
VIRGÍLIO - Cometemos um grande erro no início da temporada. Nós começamos o campeonato com a comissão técnica errada. A comissão técnica [dirigida por Artur Neto] não deu certo, não encaixou. Nosso elenco não era dos melhores, mas também não era dos piores. Nós tínhamos um elenco que poderia chegar mais longe. Só que, sem um comandante à altura, fica complicado.

FOLHA - Qual balanço o senhor faz deste primeiro semestre do time?
VIRGÍLIO - Neste um ano e meio que estou como presidente, os principais objetivos foram alcançados. Não se poderia esperar que o Botafogo fosse campeão paulista logo no primeiro acesso. O importante foi manter o time na A-1. A próxima diretoria vai ter mais condições, mais estrutura para tocar o Botafogo. O primeiro ano é difícil, mas a gente aprendeu bastante.

FOLHA - O que o Botafogo planeja para o segundo semestre?
VIRGÍLIO - Ainda podemos participar da Série D, depende da rodada de domingo [hoje]. É um caminho para voltar ao cenário nacional.

FOLHA - Faltou torcida em casa?
VIRGÍLIO - Não, o que faltou foi o time ajudar. Na hora que era pra gente ganhar e chamar a torcida, deixava a desejar. Não podemos culpar a torcida. Olha o último jogo: a torcida compareceu, mas não fizemos por merecer.

FOLHA - O senhor fica no cargo?
VIRGÍLIO - Não, sem chance nenhuma. Já são quatro anos de Botafogo, de pressão, de sofrimento. Eu já dei minha colaboração. Vou descansar.


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