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Câmara de Colina ameaça cassar prefeito
da Folha Ribeirão
A Câmara de Colina espera retomar na próxima semana os trabalhos da Comissão Processante que
pode cassar o prefeito Oscar Barcellos Netto (PMDB).
Comissões Especiais de Inquérito feitas pelo Legislativo concluíram que o prefeito empregou familiares dos três únicos vereadores
que o apóiam.
Além disso, Barcellos Netto também deixou de responder a requerimentos da Câmara no prazo de
15 dias, estabelecido por lei.
Uma ex-vereadora e um secretário municipal também tinham parentes empregados na administração municipal.
A Lei Orgânica proíbe a contratação de parentes até o segundo grau
por um período de seis meses depois de deixar o cargo.
Barcellos entrou com mandado
de segurança e conseguiu liminar
suspendendo os trabalhos da Comissão Processante em fevereiro.
Ele pede o restabelecimento do
prazo de dez dias para apresentar
defesa. "O prefeito alega que teve
apenas seis dias para a defesa.
Além disso, ele afirma que sua defesa ficou prejudicada porque trocou de advogado no decorrer do
processo", afirma o promotor
Marcus Tulio Alves Nicolino.
O promotor dará o parecer no
início da próxima semana e, em seguida, a Justiça dá a sentença.
"Qualquer que seja a decisão, o
processo será retomado", diz.
Os parentes já foram demitidos e
duas ações civis públicas que tramitam na cidade pedem a devolução do dinheiro referente ao pagamento desses funcionários.
"O prefeito descumpriu a Lei Orgânica e também a Constituição
Federal. Por isso, a Câmara iniciou
processo de cassação", afirma o
advogado da Casa, Washington
Rocha de Carvalho.
Segundo ele, as informações negadas pelo prefeito eram referentes principalmente ao setor de finanças. "Os vereadores solicitavam cópias de notas e a prefeitura
ignorava os requerimentos."
Minoria
Dos 12 vereadores da cidade,
apenas três apóiam Barcellos Netto -Célio Brait (PDT), Reinaldo
Mariano Suzuki (PMDB) e Yassim
Ramadan (PTB).
O prefeito e o seu advogado não
responderam às ligações da Folha.
Os vereadores da bancada governista também não foram localizados.
Além de enfrentar processo de
impeachment, o prefeito de Colina
também é acusado de improbidade administrativa. Ações da Câmara apontam que ele teria desviado
cerca de cem sacos de semente de
soja de uma escola técnica agrícola
para sua propriedade.
Entidades filantrópicas também
alegam não ter recebido dinheiro
de um bingo beneficente promovido pela Secretaria de Esportes e
Cultura.
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