49 cidades tiveram notas menores que o Estado de SP até o 9º ano

Já na avaliação do Ideb das escolas até o 5º ano, 41 municípios tiveram notas mais baixas que a média estadual

Edson Silva/Folhapress

Alunos da escola municipal André Ruggeri, que teve a segunda melhor nota do país, estudam na escadaria da unidade

HÉLIA ARAUJO
DE RIBEIRÃO PRETO

Metade das 89 cidades da região de Ribeirão Preto ficou com notas abaixo da média do Estado de São Paulo na avaliação do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de 2009.
O resultado apresentado pelo Ministério da Educação apontou que nas séries iniciais, até o 5º ano (ou 4ª série, nas cidades em que o ensino fundamental dura oito anos), a nota média do Ideb na avaliação do Estado foi de 5,5. Na região de Ribeirão, 41 cidades tiveram a nota média abaixo disso.
Já nos anos finais do ensino fundamental, até o 9º ano (ou 8ª série), a média do Estado foi de 4,5. Na região, 49 cidades ficaram abaixo.
As menores notas da região em relação aos anos iniciais foram registradas em Rifaina e Serra Azul, ambas com média 4,5.
Já nos anos finais, os piores do ranking regional foram os municípios de Guará (3,4) e Buritizal (3,3).
Mas a região também teve cidades com bons desempenhos. O município com melhor índice até o 5º ano em todo o país foi Cajuru (leia texto nesta página).
Na avaliação até o 9º ano, os alunos de Jeriquara obtiveram nota 6,6, a maior do Estado e a nona melhor média do país. O prefeito de Jeriquara, Alexandre Borges (DEM), diz que a conquista se deve a dois fatores: salas pequenas e qualificação.
Segundo ele, no ano passado as salas de aula tinham no máximo 20 alunos cada uma. Além disso, 95% dos professores têm pós-graduação e passam regularmente por reciclagens e cursos.
"Por causa da crise financeira do ano passado, neste ano tivemos que cortar um pouco da folha de pagamento e, com isso, as salas de aula passaram a abrigar cerca de 30 alunos. Mas não queremos fazer mais do que isso e acredito que a qualidade não caiu ainda", disse.
O Ideb foi criado em 2005 como parte do PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação) e sintetiza o movimento da qualidade do ensino, avaliando aprovação e média de desempenho dos estudantes nas matérias de língua portuguesa e matemática.
O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e médias de desempenho no Saeb e na Prova Brasil.
Até 2021, a meta estabelecida pelo Inep (órgão vinculado ao MEC) é que o Estado consiga alcançar a média 6,1 nos anos finais e 6,7, nos iniciais. Para 2009, a meta era de 5,1 para os anos iniciais e 4,4, para os finais.


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