DA FOLHA RIBEIRÃO

A Vigilância Epidemiológica de Araraquara e a Secretaria de Estado da Saúde investigam se a morte de uma manicure de 20 anos, ocorrida no último dia 22, foi causada por dengue hemorrágica, a manifestação mais perigosa da doença.
A coleta de sangue foi enviada ao Instituto Adolfo Lutz e o resultado deve sair em 20 dias, segundo a prefeitura.
Como medida preventiva, a Secretaria da Saúde de Araraquara iniciou um bloqueio na Vila Xavier, bairro tradicional próximo à região central da cidade, onde a vítima, que não teve o nome divulgado, trabalhava num salão.
A morte também pode ter sido causada por hantavirose e leptospirose. "Só sabemos que a causa foi hemorragia. Pode ou não ser dengue", afirmou a bióloga Disnea Silva Arena, da Vigilância em Saúde, departamento da prefeitura.
Araraquara registrou epidemia de dengue neste ano, com 1.182 casos. Se for confirmado, será o segundo caso de dengue hemorrágica. Em abril, houve o registro em um homem. Ele se recuperou, segundo Disnea. "Ele registrou o tipo 2, que não é o mais grave [o 4 é o mais grave]", afirmou a bióloga.
Para combater as larvas do mosquito Aedes aegypti, a prefeitura decidiu contratar, sem licitação, uma empresa privada para remover criadouros pela cidade. A contratação foi publicada anteontem.
Apesar de Araraquara ter registrado epidemia, o Índice de Breteau da cidade, medido em outubro, foi de 0,64. O índice indica situação de alerta quando é igual ou superior a 1.
Ribeirão, que registrou 1.040 casos de dengue neste ano, teve índice de 1,3, o terceiro mais alto do Estado. A medição foi feita pelo Levantamento Rápido do índice de Infestação por Aedes aegypti. (GEORGE ARAVANIS)


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