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CAMPO
1 em cada 4 bóias-frias diz sofrer coação
GEORGE ARAVANIS
DA FOLHA RIBEIRÃO
Um em cada quatro cortadores de cana-de-açúcar
da região de Ribeirão Preto que ingressam na Justiça do Trabalho diz que sofreu coação moral durante
o serviço. É o que revela
um artigo publicado ontem no Relatório sobre Direitos Humanos no Brasil
em 2007, da ONG Rede
Social de Justiça e Direitos
Humanos.
O artigo é da socióloga
da Unesp Maria Aparecida
de Moraes Silva e do bolsista Jadir Damião Ribeiro. O levantamento inclui
320 ações trabalhistas
movidas por cortadores de
cana nos fóruns de Sertãozinho, Franca, Batatais e
Jaboticabal, cujas microrregiões concentram as cidades com maior atividade canavieira.
"A coação moral é chamar, por exemplo, os trabalhadores de facão de
borracha", afirmou a pesquisadora, que disse que o
termo é usado para designar quem não cumpre sua
função com destreza.
O artigo ainda revela
que 96% dos trabalhadores entram na Justiça pedindo indenizações contra
a forma de cálculo dos seus
pagamentos, e 75% reclamam de terceirização.
Procurada, a Unica (União
da Indústria da Cana-de-Açúcar) não quis comentar o assunto.
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