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Ribeirão lidera defasagem salarial em SP
Diferença entre os salários dos novos contratados e dos demitidos é a maior do Estado, segundo estudo do governo
Na região administrativa
de Franca, os novos empregados receberam salários iguais aos antigos ocupantes das vagas
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
A defasagem salarial entre os
novos contratados das empresas e os demitidos em Ribeirão
é a maior do Estado. É o que revela estudo divulgado ontem
pelo Observatório do Emprego
e do Trabalho, da Secretaria de
Estado do Emprego.
A pressão salarial -relação
entre salários médios dos admitidos e dos desligados- ficou
em 0,89 em setembro na região
administrativa de Ribeirão, numa escala de 0 a 1, ao lado da região metropolitana de São Paulo, de Santos e de São José do
Rio Preto. O índice 1 significa
que o novo empregado recebeu
exatamente igual ao antigo
-índice menor que 1 significa
que o salário do novo é inferior.
A média do Estado foi de
0,90, o que mostra ligeira alta
em relação a agosto (0,89). Em
Ribeirão Preto, o índice caiu de
0,92 para 0,89.
De acordo com o economista
do Sincovarp (Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão
Preto), Marcelo Bosi Rodrigues, a redução dos salários dos
novos contratados pode ser
causada pela baixa qualificação
disponível no mercado. Para
ele, é muito caro para o empresário manter ou formar alguém
dentro da empresa.
O economista aponta ainda
outro fator que pode ter contribuído para a queda. Segundo
ele, uma das áreas que mais
contratou no período foi o comércio, que pode aceitar pessoas com pouca qualificação.
"O mercado hoje busca pessoas
capacitadas e está com dificuldades de encontrá-las", disse.
A situação de Ribeirão Preto
contrasta também com a verificada em outras áreas da região.
Franca teve o segundo melhor
índice de São Paulo (1), atrás
somente da região de Marília,
em que o índice atingiu 1,01 -o
novo empregado recebeu mais.
Já na região administrativa
de Barretos o índice foi de 0,91
e, na Central (que inclui São
Carlos e Araraquara), 0,92.
Ainda de acordo com o levantamento, o salário médio no Estado em setembro foi de R$ 889
dos funcionários admitidos, o
que representa uma redução de
0,3% em relação a agosto. O
maior é o da capital, com R$
979, ante os R$ 639 de Barretos, que teve o mais baixo.
(DOUGLAS SANTOS)
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