Ribeirão Preto, Sexta-feira, 06 de Novembro de 2009

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Ribeirão lidera defasagem salarial em SP

Diferença entre os salários dos novos contratados e dos demitidos é a maior do Estado, segundo estudo do governo

Na região administrativa de Franca, os novos empregados receberam salários iguais aos antigos ocupantes das vagas


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

A defasagem salarial entre os novos contratados das empresas e os demitidos em Ribeirão é a maior do Estado. É o que revela estudo divulgado ontem pelo Observatório do Emprego e do Trabalho, da Secretaria de Estado do Emprego.
A pressão salarial -relação entre salários médios dos admitidos e dos desligados- ficou em 0,89 em setembro na região administrativa de Ribeirão, numa escala de 0 a 1, ao lado da região metropolitana de São Paulo, de Santos e de São José do Rio Preto. O índice 1 significa que o novo empregado recebeu exatamente igual ao antigo -índice menor que 1 significa que o salário do novo é inferior.
A média do Estado foi de 0,90, o que mostra ligeira alta em relação a agosto (0,89). Em Ribeirão Preto, o índice caiu de 0,92 para 0,89.
De acordo com o economista do Sincovarp (Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto), Marcelo Bosi Rodrigues, a redução dos salários dos novos contratados pode ser causada pela baixa qualificação disponível no mercado. Para ele, é muito caro para o empresário manter ou formar alguém dentro da empresa.
O economista aponta ainda outro fator que pode ter contribuído para a queda. Segundo ele, uma das áreas que mais contratou no período foi o comércio, que pode aceitar pessoas com pouca qualificação. "O mercado hoje busca pessoas capacitadas e está com dificuldades de encontrá-las", disse.
A situação de Ribeirão Preto contrasta também com a verificada em outras áreas da região. Franca teve o segundo melhor índice de São Paulo (1), atrás somente da região de Marília, em que o índice atingiu 1,01 -o novo empregado recebeu mais.
Já na região administrativa de Barretos o índice foi de 0,91 e, na Central (que inclui São Carlos e Araraquara), 0,92.
Ainda de acordo com o levantamento, o salário médio no Estado em setembro foi de R$ 889 dos funcionários admitidos, o que representa uma redução de 0,3% em relação a agosto. O maior é o da capital, com R$ 979, ante os R$ 639 de Barretos, que teve o mais baixo. (DOUGLAS SANTOS)


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