Ribeirão Preto, Sexta, 6 de novembro de 1998

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Programa combate drogas nas escolas

da Reportagem Local

Em 30 dias, uma comissão nomeada pelo prefeito Luiz Roberto Jábali (PSDB) irá concluir um programa educacional contra as drogas para ser aplicado nas escolas municipais no próximo ano.
A novidade foi anunciada junto com a assinatura do pacto contra a violência em Ribeirão, ontem, no Palácio Rio Branco.
No decreto (234/98), Jábali atribui à comissão a responsabilidade de elaborar uma proposta de projeto educacional para prevenir a violência e o consumo de drogas entre os estudantes.
"Os membros dessa comissão vão pesquisar junto a órgãos competentes para estruturar o trabalho dentro das escolas", disse.
Em Ribeirão, desde 97, a Polícia Militar possui um programa contra às drogas em 18 escolas, conhecido como Proerd (Programa de Resistência ao Uso de Drogas).
Este ano, segundo a tenente Silvana Helena Souza Sábio, comandante da Ronda Escolar, 2.700 alunos com idade entre 9 e 12 anos estão sendo atendidos.
"Esse número de estudantes ainda é pouco perto da demanda de escolas, o que seria resolvido com mais técnicos para ministrar os cursos", afirmou a tenente.
Antes de serem empregados no Proerd, policiais militares passam por um treinamento em São Paulo.
Representantes das Polícias Civil e Militar, que assinaram ontem o termo de cooperação, colocaram o combate às drogas como prioridade em Ribeirão.
Para o delegado-seccional Alexandre Jorge Daur, o Conseg teria como primeiro objetivo formar o Gape (Grupo de Apoio e Proteção à Escola) em Ribeirão Preto.
A unidade, criada pelo Denarc (Departamento Estadual de Narcóticos), atua preventivamente nas escolas da capital.
"Se conseguirmos diminuir ou dificultar o tráfico de drogas, certamente vamos reduzir os índices de criminalidade", disse.
De acordo com a Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecente), este ano, pelo menos um adolescente é detido diariamente envolvido no tráfico.
Desde 94, o número de menores apreendidos com entorpecente aumentou mais de dez vezes, segundo estudo da Polícia Civil.

Reflexos
Para a polícia, o tráfico ainda motiva outros tipos de crimes, como os pequenos furtos e os assaltos. "O produto do crime é vendido ou trocado para manter o vício", afirma o delegado.
Os custos do projeto que será elaborado e o conteúdo do programa, depois de passar pela comissão nomeada ontem, ainda serão avaliados pelo prefeito.
"Em parceria, vamos melhorar a eficiência do combate à criminalidade", afirma o promotor José Roberto Marques, que irá representar o Ministério Público.



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