Ribeirão Preto, Sexta, 6 de novembro de 1998

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Registros são disfarçados

da Sucursal do Rio

Coordenador do Movimento Viva Rio e membro da comissão que elabora projetos de segurança para o próximo governo, o sociólogo Rubem César Fernandes, disse que a Secretaria de Segurança usa outros rótulos, além de "auto de resistência", para mascarar os homicídios cometidos por policiais.
Segundo Fernandes, pesquisa da ONG Iser (Instituto dos Estudos da Religião) descobriu que a secretaria também se utiliza de registros como "remoção de cadáver" e "assalto seguido de morte".
A pesquisa do Iser sobre violência policial quantificou os homicídios ocorridos no Estado entre 93 e 96. Por mês, foram analisados cerca de 12 mil registros.
"Fomos obrigados a fazer uma revisão de todos os registros de ocorrências das delegacias para achar as mortes causadas por policiais em supostos confrontos."
Para Fernandes, é "um escândalo insuportável o grau de violência" demonstrado nos últimos anos pelas polícias do Rio e de São Paulo.
"Em comparação com outras grandes cidades do mundo, Rio e São Paulo têm índices de mortes e ferimentos praticados por policiais muito maiores", disse. (ST)



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