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Registros são disfarçados
da Sucursal do Rio
Coordenador do Movimento Viva Rio e membro da comissão que
elabora projetos de segurança para
o próximo governo, o sociólogo
Rubem César Fernandes, disse que
a Secretaria de Segurança usa outros rótulos, além de "auto de resistência", para mascarar os homicídios cometidos por policiais.
Segundo Fernandes, pesquisa da
ONG Iser (Instituto dos Estudos
da Religião) descobriu que a secretaria também se utiliza de registros
como "remoção de cadáver" e "assalto seguido de morte".
A pesquisa do Iser sobre violência policial quantificou os homicídios ocorridos no Estado entre 93 e
96. Por mês, foram analisados cerca de 12 mil registros.
"Fomos obrigados a fazer uma
revisão de todos os registros de
ocorrências das delegacias para
achar as mortes causadas por policiais em supostos confrontos."
Para Fernandes, é "um escândalo
insuportável o grau de violência"
demonstrado nos últimos anos pelas polícias do Rio e de São Paulo.
"Em comparação com outras
grandes cidades do mundo, Rio e
São Paulo têm índices de mortes e
ferimentos praticados por policiais muito maiores", disse.
(ST)
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