Ribeirão Preto, Sexta, 6 de novembro de 1998

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AGRICULTURA
Cooperativa é acusada de aliciamento em Barretos
Blitz flagra 22 trabalhadores rurais empregados ilegalmente

da Reportagem Local

A Subdelegacia do Trabalho de Barretos (127 km de Ribeirão Preto) encontrou anteontem 22 trabalhadores rurais empregados irregularmente em uma cooperativa de mão-de-obra da cidade.
Segundo o subdelegado do Trabalho, Mario Henrique Scannavino, 49, o grupo foi aliciado em Patrocínio (MG), há 20 dias.
No período em que permaneceram em duas fazendas na região de Barretos, eles ficaram alojados em uma casa, sem água ou luz.
"Procuraram ajuda porque o trabalho acabou e não receberam nada", disse o subdelegado.
O empreiteiro Aparecido Alves foi indiciado pela polícia, acusado de cometer crime contra a organização do trabalho, de acordo com o Código Penal.
"Alguns catadores de laranja chegaram a dormir no pasto, pois o alojamento era pequeno e não havia camas", afirmou.
Com a intervenção da subdelegacia, a Coopersero (Cooperativa de Serviços Rurais) de Severínia pagou os dias trabalhados.
O empreiteiro acusado de aliciar mão-de-obra não foi encontrado pela Folha ontem.
De acordo com os fiscais do trabalho, os catadores de laranja trazidos de Minas Gerais viajaram para Barretos em um ônibus fornecido pelo empreiteiro.
Ontem, parte dos 22 trabalhadores voltou para Patrocínio. "A cooperativa ainda foi obrigada a pagar diárias referentes aos dias que eles permaneceram parados."
Scannavino disse que a cooperativa não foi multada por empregar funcionários sem registro porque não houve flagrante.
Os catadores trabalharam nas fazendas Santa Rosa e Brejinho.



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