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AGRICULTURA
Cooperativa é acusada de aliciamento em Barretos
Blitz flagra 22 trabalhadores rurais empregados ilegalmente
da Reportagem Local
A Subdelegacia do Trabalho de
Barretos (127 km de Ribeirão Preto) encontrou anteontem 22 trabalhadores rurais empregados irregularmente em uma cooperativa
de mão-de-obra da cidade.
Segundo o subdelegado do Trabalho, Mario Henrique Scannavino, 49, o grupo foi aliciado em Patrocínio (MG), há 20 dias.
No período em que permaneceram em duas fazendas na região de
Barretos, eles ficaram alojados em
uma casa, sem água ou luz.
"Procuraram ajuda porque o trabalho acabou e não receberam nada", disse o subdelegado.
O empreiteiro Aparecido Alves
foi indiciado pela polícia, acusado
de cometer crime contra a organização do trabalho, de acordo com
o Código Penal.
"Alguns catadores de laranja
chegaram a dormir no pasto, pois
o alojamento era pequeno e não
havia camas", afirmou.
Com a intervenção da subdelegacia, a Coopersero (Cooperativa de
Serviços Rurais) de Severínia pagou os dias trabalhados.
O empreiteiro acusado de aliciar
mão-de-obra não foi encontrado
pela Folha ontem.
De acordo com os fiscais do trabalho, os catadores de laranja trazidos de Minas Gerais viajaram para Barretos em um ônibus fornecido pelo empreiteiro.
Ontem, parte dos 22 trabalhadores voltou para Patrocínio. "A cooperativa ainda foi obrigada a pagar
diárias referentes aos dias que eles
permaneceram parados."
Scannavino disse que a cooperativa não foi multada por empregar
funcionários sem registro porque
não houve flagrante.
Os catadores trabalharam nas fazendas Santa Rosa e Brejinho.
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