Ribeirão Preto, Quinta-feira, 08 de Janeiro de 2009

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Empresária é acusada de esfaquear marido

A filha, que chamou a polícia, também foi ferida; Luiz Palma, o marido, é um dos maiores produtores de café da região

"Ela perdeu a cabeça", diz advogado da acusada; parentes afirmam que casal, que se separou, brigava por dinheiro

VERIDIANA RIBEIRO
JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO

A empresária Ana Silvia de Oliveira Palma, 54, foi presa ontem em Ribeirão Preto acusada de esfaquear o marido, José Luiz Sammarco Palma, 57, um dos principais produtores de café da região, e a filha Ana Luisa de Oliveira Palma, 30.
Segundo a polícia, o crime aconteceu por volta das 5h30 na casa da empresária, um sobrado no bairro Alto da Boa Vista, zona nobre da cidade. De acordo com José Luís de Meirelles Júnior, delegado do caso, foi a filha quem ligou para a polícia e pediu socorro.
Palma foi levado para a Unidade de Emergência do HC (Hospital das Clínicas) com ferimentos no tórax. No final da tarde de ontem, seu quadro de saúde era estável e ele estava consciente. A filha, que teve ferimentos leves, foi atendida no hospital São Paulo e liberada.
Embora a empresária e Palma já estivessem separados judicialmente desde dezembro, eles ainda moravam juntos e dormiam no mesmo quarto, de acordo com o depoimento de Roseli da Silva Correia, 38, empregada da família há 16 anos.
No boletim de ocorrência consta que a empresária agrediu o ex-marido com duas facas após uma discussão. Acuado, ele correu para o quarto da filha, mas a mulher o perseguiu. A filha Ana Luisa se feriu ao tentar apartar a briga.
"Foi uma discussão familiar. Houve agressões por parte dele antes, o que fez ela perder cabeça e tentar se defender", disse o advogado da empresária, Daniel Seixas Rondi.
Com base no depoimento da filha da empresária, o delegado afirmou que foi Ana Silvia quem forçou o ex-marido a continuar morando com ela como condição para assinar a separação judicial, versão que o advogado dela nega.
Pessoas ligadas a Ana Silvia disseram à Folha que as brigas do casal eram constantes e motivadas por dinheiro. Ela teria dívidas superiores a R$ 1 milhão e não concordava com a separação de bens.
Até as 19h de ontem, ela estava presa na cadeia feminina de Cajuru e, embora tenha curso superior, dividia cela com outras 20 mulheres. A unidade tem capacidade para 20 mulheres, mas abriga 92.


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