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Empresária é acusada de esfaquear marido
A filha, que chamou a polícia, também foi ferida; Luiz Palma, o marido, é um dos maiores produtores de café da região
"Ela perdeu a cabeça", diz advogado da acusada; parentes afirmam que
casal, que se separou, brigava por dinheiro
VERIDIANA RIBEIRO
JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO
A empresária Ana Silvia de
Oliveira Palma, 54, foi presa
ontem em Ribeirão Preto acusada de esfaquear o marido, José Luiz Sammarco Palma, 57,
um dos principais produtores
de café da região, e a filha Ana
Luisa de Oliveira Palma, 30.
Segundo a polícia, o crime
aconteceu por volta das 5h30
na casa da empresária, um sobrado no bairro Alto da Boa
Vista, zona nobre da cidade. De
acordo com José Luís de Meirelles Júnior, delegado do caso,
foi a filha quem ligou para a polícia e pediu socorro.
Palma foi levado para a Unidade de Emergência do HC
(Hospital das Clínicas) com ferimentos no tórax. No final da
tarde de ontem, seu quadro de
saúde era estável e ele estava
consciente. A filha, que teve ferimentos leves, foi atendida no
hospital São Paulo e liberada.
Embora a empresária e Palma já estivessem separados judicialmente desde dezembro,
eles ainda moravam juntos e
dormiam no mesmo quarto, de
acordo com o depoimento de
Roseli da Silva Correia, 38, empregada da família há 16 anos.
No boletim de ocorrência
consta que a empresária agrediu o ex-marido com duas facas
após uma discussão. Acuado,
ele correu para o quarto da filha, mas a mulher o perseguiu.
A filha Ana Luisa se feriu ao
tentar apartar a briga.
"Foi uma discussão familiar.
Houve agressões por parte dele
antes, o que fez ela perder cabeça e tentar se defender", disse o
advogado da empresária, Daniel Seixas Rondi.
Com base no depoimento da
filha da empresária, o delegado
afirmou que foi Ana Silvia
quem forçou o ex-marido a
continuar morando com ela como condição para assinar a separação judicial, versão que o
advogado dela nega.
Pessoas ligadas a Ana Silvia
disseram à Folha que as brigas
do casal eram constantes e motivadas por dinheiro. Ela teria
dívidas superiores a R$ 1 milhão e não concordava com a
separação de bens.
Até as 19h de ontem, ela estava presa na cadeia feminina de
Cajuru e, embora tenha curso
superior, dividia cela com outras 20 mulheres. A unidade
tem capacidade para 20 mulheres, mas abriga 92.
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