|
Próximo Texto | Índice
Lei Antifumo rende 5 multas na 1ª noite
Fiscais flagraram irregularidades em quatro estabelecimentos em Ribeirão e um em Barretos, mas ninguém estava fumando
No resto do Estado, foram mais 6 autuações, sendo três em São Paulo, uma em Campinas, uma Presidente Prudente e uma em Itapeva
Silva Junior/Folha Imagem
![](../images/r0808200901.jpg) |
|
Fiscais conversam com dono do bar Os Caipira, André Biagini, que fez camisetas para os garçons
ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO
A primeira fiscalização punitiva na madrugada que abriu a
era da proibição do cigarro em
ambientes fechados multou
cinco estabelecimentos na região, sendo quatro deles em Ribeirão Preto, cidade recordista
em infrações no Estado.
Foram 11 autuações em São
Paulo, três na capital. Barretos,
Campinas, Pres. Prudente e
Itapeva tiveram uma irregularidade cada.
A Vigilância Sanitária do Estado, que comandou a operação
em Ribeirão, não informou o
nome dos estabelecimentos
multados. Disse apenas que o
principal motivo das punições
foi a ausência das placas padronizadas de alerta sobre a lei.
Além disso, foram achadas,
em alguns dos locais bitucas e
cinzeiros usados, mas ninguém
foi flagrado fumando. Ao todo,
15 estabelecimentos foram visitados pelos fiscais.
Os trabalhos começaram minutos depois da meia-noite, a
partir de quando passou a valer
a nova legislação, e foram até as
3h. Oito fiscais -quatro do município e quatro do Estado- se
dividiram em duas equipes.
Essa mesma equipe fará blitze noturnas até fevereiro do
próximo ano. Depois, somente
o município será responsável
pela fiscalização local.
"A maioria entendeu o sentido da lei e a respeitou. Já os
quatro autuados ignoraram as
orientações dadas antes", disse
Ondina Dourado Galerane, diretora da Vigilância Sanitária
Estadual na região.
Durante a fiscalização, os
técnicos se surpreenderam
com alguns locais que fizeram
mais do que pede a lei, como no
bar Os Caipira, na Vila Tibério.
O dono, André Biagini, personalizou 17 camisetas com o
símbolo da campanha e as distribuiu aos funcionários.
"Funcionou, pois não tive nenhum problema. Ao contrário,
alguns vieram me dizer que fumaram menos por terem de ir
lá fora para fazer isso", disse.
Em Barretos, a Folha apurou
que o Bar e Restaurante Barbosa foi autuado por deixar que as
pessoas fumassem livremente
e por não ter sinalização obrigatória. Seis estabelecimentos
foram vistoriados na cidade.
O proprietário, José Carlos
de Souza Barbosa, disse que foi
"pego de calças curtas".
"Esperávamos que a fiscalização fosse começar no dia 7, não à
meia-noite do dia 6. Eles [técnicos] entraram no salão, viram cinzeiros com cinzas e bitucas de cigarros e fizeram a
autuação na hora. Não perdoaram", disse Barbosa, que prometeu regularizar a situação.
Os comerciantes punidos têm
dez dias para recorrer. Em caso
de reincidência, a multa, que vai
de R$ 792,50 a R$ 1.585, dobra.
O Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de
Ribeirão não se opôs às multas,
mas questionou o fato de a punição recair sobre o comerciante.
Colaborou LUCAS REIS
Próximo Texto: Nova lei faz surgir a rodinha do cigarro na calçada Índice
|