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Ação deve focar jovem, afirma psicóloga
DA FOLHA RIBEIRÃO
A realização de campanhas
antitabagismo voltadas especificamente para os adolescentes
poderia reduzir a iniciação precoce no vício, na avaliação da
psicóloga Cassiana Moraes de
Oliveira, que pesquisou o comportamento dos jovens.
Segundo ela, para programar
medidas eficazes de prevenção
ao tabagismo é necessário conhecer a motivação dos jovens
frente ao cigarro.
No caso das meninas, por
exemplo, que apontam o cigarro como um alívio para situações difíceis, a pesquisadora
afirma ser importante que os
órgãos de saúde pública elaborem alternativas para as mulheres adolescentes lidarem
melhor com a ansiedade, o estresse e a depressão.
Como a presença de pais fumantes se mostrou bastante influente para o tabagismo entre
os participantes da pesquisa, a
psicóloga afirma ser importante envolver os familiares nas
ações educativas.
Situação semelhante envolve
as escolas, que foram apontadas pelos jovens como um local
comum para a experimentação
do cigarro. Segundo Cassiana,
isso mostra que é preciso incluir políticas de prevenção nas
grades curriculares, assim como incentivar a participação
dos professores.
"A família e a escola devem
estar juntas na formação das
crianças e dos adolescentes."
A pesquisadora afirma ainda
que o mesmo fator de influência que é exercido com facilidade sobre os jovens e que pode
levar ao início do tabagismo
também deve ser usado de maneira positiva no combate ao
vício. "É necessário envolver os
jovens na campanha de combate ao tabagismo, colocando-os
no papel de multiplicadores."
Além disso, a pesquisadora
disse que o estudo apontou que
os adolescentes sabem dos danos à saúde causados pelo cigarro e da legislação que proíbe
a venda do produto para menores. Portanto, para ela, é necessário pensar estratégias que
bloqueiem o acesso de cigarros
aos adolescentes.
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