|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Presas fazem rebelião em Jaborandi
Motim começou depois de a Justiça impedir a saída temporária do Dia da Criança; cadeia vive superlotação
As 58 detentas atearam fogo em colchões e quebraram quatro câmeras de vigilância que ficam nas celas
VENCESLAU BORLINA FILHO
DE RIBEIRÃO PRETO
As 58 presas da cadeia feminina de Jaborandi se rebelaram ontem contra decisão
da Justiça que impediu a saída temporária do Dia da
Criança. Elas atearam fogo
em colchões, quebraram as
quatro câmeras de vigilância
e danificaram grades.
O GOE (Grupo de Operações Especiais) da Polícia Civil foi acionado para conter a
rebelião e teve de usar bombas de efeito moral para controlar as presas. Durante o tumulto, uma delas feriu os dedos na grade e teve de ser encaminhada ao pronto-socorro, mas passa bem.
A rebelião, de acordo com
o delegado Edson João, durou cerca de três horas. Doze
detentas assumiram o motim
e foram indiciadas no inquérito policial aberto para investigar a ocorrência.
Era por volta do meio-dia
quando as presas se recusaram a voltar para as celas depois do banho de sol.
O tumulto ficou incontrolável e a PM (Polícia Militar)
teve de ser chamada. Em seguida, o GOE de Barretos
chegou ao local e controlou a
rebelião.
Às 15h, as presas se renderam e foram agrupadas no
salão principal da delegacia
da cidade até que as celas pudessem ser periciadas pelos
técnicos do IC (Instituto de
Criminalística) e limpas pela
empresa que presta serviços
no local.
Atualmente, a cadeia vive
uma situação de superlotação. A capacidade, limitada a
36 presas, está 61,1% acima
do normal.
Entre as detentas, a maioria já está condenada e
aguarda transferência para
presídios femininos no Estado. Porém, não há vagas.
Procurada, a Secretaria de
Estado da Segurança Pública
não se manifestou sobre a
permanência das presas condenadas na cadeia feminina
de Jaborandi.
Até o fechamento desta
edição, a SAP (Secretaria de
Estado da Administração Penitenciária) não informou sobre a transferência das presas para penitenciárias.
Texto Anterior: Comerciantes da área central cobram Dárcy por revitalização Próximo Texto: UFSCar mede desconforto em aviões Índice | Comunicar Erros
|