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Audiência pública vai discutir impacto de obra na Ribeirânia
Associação de Moradores teme que crescimento demográfico acentuado cause problemas
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Prefeitura de Ribeirão Preto publicou no "Diário Oficial
do Município" de anteontem
um aviso de audiência pública
para discutir o estudo de impacto de vizinhança do empreendimento Panamby 1, loteamento previsto para ser
construído na Ribeirânia.
De acordo com o presidente
da Amor (Associação dos Moradores da Ribeirânia), Ivens
Telles Alves, o pedido para a audiência pública já havia sido
protocolado há um ano e meio.
A audiência será no dia 15, às
14h, na Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, à rua João Penteado.
Segundo Alves, a preocupação dos moradores é que estão
previstos três novos condomínios residenciais na Ribeirânia,
em área localizada nos fundos
do parque Curupira. "Serão
5.000 moradores. É muita gente em uma área pequena."
Um dos receios, segundo diz,
é com o aumento no número de
veículos que passarão a usar a
avenida Costábile Romano.
A implantação do Panamby 1
é de responsabilidade da empresa Stéfani Nogueira Engenharia. De acordo com a arquiteta do grupo Fernanda Rodrigues Nogueira, já foram feitas
mudanças no estudo de impacto de vizinhança com o objetivo
de garantir melhorias ambientais e no sistema viário.
"A diretriz prevista em lei pede via de acesso com 14 metros
de largura, mas projetamos
com 20 metros para garantir
melhor fluidez", disse.
Segundo Nogueira, o projeto
atual trata apenas da aprovação
de um loteamento com cinco
lotes que, no futuro, irão abrigar o condomínio. Já o projeto
para as obras deve ser apresentado só em 2010.
No loteamento, a empresa
prevê um condomínio de casas
com 130 unidades e quatro torres que poderão ter até 32 andares cada uma, o que totalizaria 384 apartamentos. "Mas
ainda é apenas projeto, não tem
um número definido."
O secretário do Planejamento de Ribeirão, Ivo Colichio,
disse que a audiência pública
para tratar do empreendimento realmente foi solicitada pela
Amor, mas que também houve
manifestação de interesse da
própria empresa.
O presidente da Amor disse
que a audiência é a oportunidade para que todos os moradores
possam conhecer o projeto. "É
uma chance única de questionar se o projeto vai ser nocivo
ou se vai ser um bem", disse.
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