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Dengue incomoda 1 em cada 36 moradores
Já houve 15.497 notificações da doença em Ribeirão; desse montante, 9.918 foram confirmados, ou seja, 88% de positividade
Para tentar conter o avanço da epidemia, o Controle de Vetores vai realizar dois arrastões hoje, nas zonas leste e sul
LEANDRO MARTINS
DA FOLHA RIBEIRÃO
A dengue já incomodou um
em cada 36 moradores de Ribeirão Preto neste ano em que
a cidade vive a maior epidemia
da doença da sua história. A
conta leva em consideração pacientes com casos confirmados,
os que aguardam resultados de
exames e os que foram descartados. Até ontem a Secretaria
da Saúde tinha registrado um
total de 15.497 notificações.
Desse montante, 9.918 casos
foram confirmados, 1.263, descartados e 4.316 ainda aguardam o resultado dos exames.
Levando-se em consideração
apenas os resultados de exames
-positivos e negativos- são
11.181 pessoas, ou seja, uma taxa de positividade de 88,7%
-quase nove em dez pacientes
que acham que têm dengue
realmente estão contaminados
pela doença.
Para tentar frear o avanço da
dengue, segundo a chefe do
Controle de Vetores de Ribeirão, Cristina O'Grady Lima, a
prefeitura vai realizar hoje dois
mutirões para a eliminação de
criadouros do mosquito transmissor da doença.
As regiões escolhidas ficam
nas zonas leste e sul, que concentram a maior parte dos casos, com 3.755 e 3.373 registros,
respectivamente, até ontem.
Juntas, as duas regiões têm
71,8% dos casos da cidade.
Segundo coordenador do
Controle de Vetores do leste,
Evaldo Delmondes Roque, haverá dois arrastões simultâneos, no distrito de Bonfim
Paulista e no Recreio Anhanguera, das 7h30 às 13h30.
Em Bonfim, o alvo principal
será a favela Faiane. "São cerca
de 45 barracos na Faiane e outros 150 em uma área próxima
ao Recreio Anhanguera. Vamos
focar as pessoas que acumulam
materiais inservíveis, que podem servir de criadouro para o
mosquito da dengue."
Ribeirão confirmou duas
mortes por dengue neste ano.
Uma mulher, que morreu na
última terça, pode ser a terceira
vítima, mas a prefeitura também investiga a possibilidade
de ser gripe suína, leptospirose
ou febre amarela.
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