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Candidatos escolhem pedágio como alvo
Mercadante e Paulo Skaf defendem redução; Alckmin fala em revisão
Os três aproveitaram o feriado para fazer um "corpo a corpo" na Feira do Bordado de Ibitinga, em horários diferentes
ARARIPE CASTILHO
ENVIADO ESPECIAL A IBITINGA
A tarifa de pedágio das rodovias paulistas foi a "bola
da vez" na visita que três candidatos a governador de São
Paulo fizeram ontem a Ibitinga, durante a 37ª Feira do
Bordado, sem se encontrar.
Geraldo Alckmin (PSDB)
reafirmou que pretende rever
as tarifas que foram estabelecidas quando ele era vice de
Mario Covas, mas não deu
detalhes. Aloizio Mercadante
(PT) defendeu uma redução e
Paulo Skaf (PSB) mencionou
o percentual da queda: 50%.
Mercadante disse que foi
abordado por visitantes da
feira que reclamaram das tarifas de pedágio. "De São
Paulo até Ibitinga eu gastei
R$ 90 de pedágio", disse.
Para cumprir a promessa
de reduzir as tarifas, Mercadante afirmou que uma das
possibilidades seria alongar
o prazo das concessões.
"O que nós pretendemos
fazer é abrir uma negociação.
Entre os instrumentos que
nós temos, um deles é prorrogar o prazo de concessão para reduzir a tarifa, porque o
governo do PSDB prorrogou
prazos de concessão sem renegociar tarifa."
Um pouco mais tarde, Skaf
também criticou a tarifa dos
pedágios, que ele afirmou ser
prejudicial ao desenvolvimento do Estado.
O candidato defendeu ainda a criação de um programa
que chamou de "sem pagar",
que devolveria, por meio de
abatimento no IPVA, parte
do que o motorista gastasse
com pedágio.
De acordo com Skaf, o desconto seria limitado ao teto
de 50% do IPVA, pois é a parte do imposto que fica com o
Estado -a outra metade vai
para o município onde o carro está licenciado.
Último a visitar a feira, já
no início da noite, Alckmin
até tentou mudar o foco das
discussões, ao falar sobre geração de empregos. Porém,
sobre os pedágios, voltou a
dizer que é preciso rever caso
a caso. Questionado pela Folha se isso significaria a revisão dos contratos de concessões, o candidato preferiu
partir para o ataque ao PT.
"O PT falou que ia fazer isso [rever contratos] no Rio
Grande do Sul, mas não fez
absolutamente nada."
Outros assuntos foram alvos de comentários dos candidatos. Mercadante disse
que, se for eleito, vai terceirizar a frota das polícias Civil e
Militar. Já Skaf disse que pretende criar subgovernadorias no interior do Estado.
Alckmin disse que vai zerar o número de presos em
cadeias, transferindo todos
para unidades prisionais.
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