DA FOLHA RIBEIRÃO

Fundada em 1911, a cervejaria Antarctica, separada de sua concorrente, a cervejaria Paulista, pela avenida Jerônimo Gonçalves, simbolizou durante décadas o desenvolvimento econômico e industrial de Ribeirão Preto.
Como conta o arquiteto Cláudio Bauso, a fábrica de Ribeirão foi a primeira a ser instalada fora do Rio de Janeiro porque a cervejaria estava interessada principalmente na qualidade da água para a fabricação das bebidas, extraída em poços artesianos próprios diretamente do aquífero Guarani.
Entre 400 e 500 funcionários chegaram a trabalhar nas fábricas -a Paulista foi adquirida pela Antarctica em 1973-, como conta o ex-diretor das indústrias que comandou o processo de fusão, Mario Castilho, 75. Segundo ele, a pressão da sociedade na época da fusão foi enorme. "A pressão maior vinha da população, não dos funcionários. Havia muito medo de que se perdesse uma empresa fundada na cidade", disse.
Com a fusão, os prédios da atual choperia Pinguim 2, do Theatro Pedro 2º e do Palace Hotel, até então pertencentes à Paulista, passam à Antarctica. Mas, conta Castilho, exceto a choperia, todas as outras atrações estavam subutilizadas.


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