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NEGÓCIOS
Para competir no mercado globalizado, famílias da região de Ribeirão Preto aliam investimentos e coragem
Empresas familiares desafiam a crise
da Folha Ribeirão
Empresas familiares da região de
Ribeirão Preto estão superando a
crise financeira com receitas caseiras e programando investimentos
para este ano.
A principal arma dessas empresas contra a crise, segundo seus diretores, é o planejamento estratégico e a coragem para investir.
Para Jonatas de Almeida Soares
Neto, diretor de concessões do
grupo Leão & Leão, as empresas
que conseguiram vencer foram as
que arriscaram. "Quem ficou com
medo acabou sendo afogado pela
crise", disse.
Fundada em 61 por Manoel Ferreira Leão Neto, na época empresário da construção civil, o grupo
emprega hoje 2.300 funcionários
em diferentes áreas.
No ano passado, o grupo assumiu várias obras do governo do
Estado, assinando um contrato de
R$ 28 milhões para a construção
de pontes e viadutos.
O grupo criou a Triângulo do Sol,
empresa que administra o quarto
maior lote de rodovias do Estado
por meio de concessão, programando investimentos de R$ 500
milhões em 20 anos.
"A empresa ainda consegue ser
administrada familiarmente mesmo com toda a expansão. A família
dá poderes a outras pessoas, mas
continua acompanhando tudo de
perto", disse Soares Neto.
Para este ano, a empresa pretende dobrar o faturamento de 98, que
foi de R$ 100 milhões, investindo
em lotes de rodovias federais e em
obras de saneamento.
Outra empresa que venceu a crise e pretende fazer altos investimentos é a Fri-Ribe, de Pitangueiras, que fabrica insumos e rações
para animais desde 73.
Além de abrir sua quinta fábrica,
em Lavras (MG), a empresa cresceu 7% na área de insumos e 20%
na de rações.
"O segredo é dar participação
nos lucros para os funcionários e
trabalhar com capital próprio. Em
tempos de crise como agora, a empresa capitalizada cresce, enquanto as que trabalham com financiamento param", disse Hugo Cagno
Filho, 46, diretor comercial e coordenador-geral da empresa.
Segundo ele, que lançou um livro
sobre as mudanças na gestão empresarial,
a coragem da empresa foi fundamental para vencer a crise.
"Esperamos faturar R$ 50 milhões em 99, incluindo a ampliação
da produção das fábricas e investimentos em marketing."
As redes familiares de supermercados também estão competindo
de igual para igual com gigantes do
porte de Carrefour e Wal Mart.
"Abrimos nossa décima loja com
investimentos de R$ 2,5 milhões só
na estrutura, gerando 150 empregos diretos, e outras duas novas lojas estarão prontas em 99", disse
Sebastião Edson Savegnago, 39,
proprietário da rede Savegnago, de
Sertãozinho.
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