Ribeirão Preto, Segunda, 11 de janeiro de 1999

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OUTRO LADO
Paulino alega independência

da Folha Ribeirão

A independência entre os poderes é o argumento utilizado pelos parlamentares para explicar a folga no Orçamento das Câmaras e manutenção de salários e serviços.
De acordo com o ex-presidente da Câmara de Ribeirão Leopoldo Paulino (PSB), o fato de a prefeitura ter enfrentado uma greve de dois dias por causa do atraso no pagamento dos 8.500 servidores na última semana não afeta a imagem da Câmara, cujos salários são altos.
"Dentro do possível, reduzimos os privilégios. Só não cortei mais porque não deixaram", disse Paulino, se referindo ao projeto que estabelecia o teto de R$ 4.500 (vencimento do vereador) para os funcionários da Câmara.
Segundo Paulino, 80% dos cerca de 50 funcionários do Legislativo têm gratificações incorporadas.
Apesar do aumento nos gastos, Paulino disse que foi economizado 10% do Orçamento destinado à Câmara. A diferença -R$ 1,5 milhão- foi devolvida à prefeitura.
Sobre o aumento de gastos da Câmara de São Carlos, o ex-presidente Azuaite Martins de França (PPS) disse que não foi considerado o que já foi negociado.
Pelos seus cálculos, R$ 906 mil foram herdados em dívidas e referem-se a FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), cujo pagamento deverá ser feito em cinco anos.
Outros R$ 400 mil estão sendo discutidos na Justiça e, portanto, não podem ser pagos. O restante refere-se ao que a Câmara deve aos fornecedores.
Segundo ele, dos R$ 5,6 milhões que a prefeitura deveria repassar ao Legislativo, apenas R$ 4 milhões foram recebidos. "Se toda a dívida fosse liquidada, iríamos gastar o R$ 1,6 milhão da suplementação", disse.
A Câmara tem 70 funcionários e o salário médio é de R$ 780. Cada um dos 21 vereadores ganha R$ 3.000. (CRISTIANE BARÃO)


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