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OUTRO LADO
Paulino alega independência
da Folha Ribeirão
A independência entre os
poderes é o argumento utilizado pelos parlamentares
para explicar a folga no Orçamento das Câmaras e manutenção de salários e serviços.
De acordo com o ex-presidente da Câmara de Ribeirão Leopoldo Paulino
(PSB), o fato de a prefeitura
ter enfrentado uma greve de
dois dias por causa do atraso no pagamento dos 8.500
servidores na última semana não afeta a imagem da
Câmara, cujos salários são
altos.
"Dentro do possível, reduzimos os privilégios. Só
não cortei mais porque não
deixaram", disse Paulino,
se referindo ao projeto que
estabelecia o teto de R$
4.500 (vencimento do vereador) para os funcionários da Câmara.
Segundo Paulino, 80%
dos cerca de 50 funcionários do Legislativo têm gratificações incorporadas.
Apesar do aumento nos
gastos, Paulino disse que foi
economizado 10% do Orçamento destinado à Câmara.
A diferença -R$ 1,5 milhão- foi devolvida à prefeitura.
Sobre o aumento de gastos da Câmara de São Carlos, o ex-presidente Azuaite
Martins de França (PPS)
disse que não foi considerado o que já foi negociado.
Pelos seus cálculos, R$
906 mil foram herdados em
dívidas e referem-se a FGTS
(Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço) e INSS
(Instituto Nacional do Seguro Social), cujo pagamento deverá ser feito em
cinco anos.
Outros R$ 400 mil estão
sendo discutidos na Justiça
e, portanto, não podem ser
pagos. O restante refere-se
ao que a Câmara deve aos
fornecedores.
Segundo ele, dos R$ 5,6
milhões que a prefeitura deveria repassar ao Legislativo, apenas R$ 4 milhões foram recebidos. "Se toda a
dívida fosse liquidada, iríamos gastar o R$ 1,6 milhão
da suplementação", disse.
A Câmara tem 70 funcionários e o salário médio é de
R$ 780. Cada um dos 21 vereadores ganha R$ 3.000.
(CRISTIANE BARÃO)
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