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Pai é acusado de assassinar filho para não pagar pensão
GEORGE ARAVANIS
DA FOLHA RIBEIRÃO
O operador de máquinas
Eraldo Querobino Marcondes,
26, foi preso na noite de anteontem em Monte Alto acusado de matar o único filho,
de dois anos, para não ter de
pagar pensão alimentícia de
R$ 150 mensais.
Segundo a polícia, ele confessou o crime e a motivação. De
acordo com o delegado Antonio
Carlos Barros de Melo, Marcondes disse que asfixiou o filho Eduardo com as próprias
mãos na tarde de ontem, dentro de casa, colocou o corpo numa mochila e o enterrou às
margens da rodovia que liga
Monte Alto à cidade de Taiaçu.
O operador ainda registrou
um boletim de ocorrência de
desaparecimento, logo em seguida -relatou que havia ido
tomar banho e o garoto sumiu.
Eduardo morava com a mãe, a
dona-de-casa Adriana de Carvalho Souza, 28, mas o pai o
buscava de vez em quando para
passar um dia com o menino.
Ao saber do suposto desaparecimento, a família de Adriana
promoveu uma busca na cidade. A polícia fez o mesmo. Por
volta das 23h, Marcondes passou na casa da ex-namorada,
onde teve início uma discussão
por causa do sumiço.
A PM foi chamada à casa de
Adriana e levou Marcondes à
delegacia, onde ele, segundo a
polícia, confessou o crime e levou os policiais ao local onde
havia enterrado o garoto. De
acordo com o delegado Melo,
Marcondes afirmou que cometeu o crime porque estava com
dificuldades financeiras -ele
disse ganhar R$ 830 mensais.
Adriana disse que no sábado
discutiu com Marcondes por
causa da pensão. "O Eduardo
era alérgico e precisava de leite
de soja, que é mais caro. Eu disse que precisava aumentar o
valor da pensão, e ele falou que
ia parar de pagar." A Folha não
conseguiu encontrar ontem a
família de Marcondes, que está
preso no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Serra
Azul. Segundo a polícia, até as
18h de ontem, nenhum advogado o representava.
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