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Violência cresce e assusta moradores
da enviada especial
O aumento da violência nos últimos meses preocupa a população
de Jaboticabal.
De acordo com o delegado Osvaldo José da Silva, a cidade chegou a ficar seis meses sem registrar
casos de roubo. Só na semana passada, duas motos e um carro foram
roubados na cidade.
Nos últimos seis meses, uma mototaxista foi assassinada, o usineiro Aldeir Bellodi foi sequestrado e
um oficial de Justiça foi feito refém
e deixado nu na rodovia para que
seu carro fosse roubado.
"Jaboticabal sempre foi uma cidade pacata, mas, com todos esses
fatos, acho que as pessoas vão ter
de mudar seus hábitos de cidadezinha de interior", afirmou a comerciante Maria Lúcia Pereira, que foi
ontem ao velório.
Para a bancária Marina Delfino
Carboni, o desemprego tem estimulado a violência na cidade.
"Não há explicação para um crime como esse. São crianças, filhas
de famílias idôneas da cidade. Não
há mais como ter sossego." Segundo ela, os crimes contra o patrimônio, como roubos e furtos, crescem
em proporção maior.
Pressentimento
O avô do garoto Thales, Manoel
Bento Ferreira, disse que havia pedido ao neto para não ir mais de bicicleta com os amigos ao rancho da
família, distante cerca de oito quilômetros de sua casa.
"Com os fatos que vêm acontecendo na cidade, achei que estava
ficando perigoso. Ontem (anteontem), quando ele passou para buscar a chave comigo, tentei convencê-lo a não ir. Parece que eu estava
pressentindo", afirmou.
Para Ferreira, não há motivos para alguém cometer o crime. "Somos antigos na cidade e não temos
inimizades."
Fábio morava apenas com a mãe
nos fundos da casa da família de
Thales.
"Conheço o Thales há muito
tempo. Não entendo essa morte",
disse o segurança Gilberto da Silva.
(LC)
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