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HC é condenado por morte de garoto de 2 anos
Criança engoliu moedas há 13 anos; imperícia médica do hospital de Ribeirão foi determinante no caso, diz TJ
Julgamento anterior, na Justiça de Ribeirão, havia absolvido o HC da acusação dos pais, que viram negligência
JEAN DE SOUZA
DE RIBEIRÃO PRETO
O TJ (Tribuna de Justiça)
de São Paulo reformou decisão da Justiça de Ribeirão
Preto e determinou que o HC
(Hospital das Clínicas) pague
indenização aos pais de um
garoto de dois anos que morreu depois de engolir duas
moedas, em 1997.
Imperícia médica, falta de
estrutura adequada e demora no diagnóstico foram fatores determinantes para a
morte de Diego, segundo o
desembargador Gilberto de
Souza Moreira, relator do caso no tribunal estadual.
No julgamento em primeira instância, o pedido dos
pais do garoto -Sônia e Persival de Paula- para que o
hospital fosse responsabilizado pela morte foi negado.
Diego foi levado ao HC
após engolir duas moedas de
R$ 0,10 -uma delas ele vomitou antes da internação.
No hospital, passou por
exames de endoscopia, para
tentar localizar a moeda. A
busca não obteve sucesso e
ele passou por um exame de
raio-X. Após diagnosticar
que o objeto seguia dentro de
Diego, ele foi colocado em repouso à espera de nova endoscopia. Morreu durante a
anestesia que o preparava
para o procedimento.
Segundo o relatório de Moreira, os equipamentos usados no atendimento ao garoto eram inadequados.
Os pais obtiveram o direito
de receber 500 salários mínimos (R$ 255 mil), corrigidos.
Para o advogado deles, Mauro Donizetti Bezerra, a decisão "ao menos minimiza o
sentimento de perda". Questionado, o HC não respondeu
até o fechamento da edição.
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