Ribeirão Preto, Domingo, 12 de Junho de 2011

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Nogueira e ex-ministro são adversários desde sempre

EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO

Os duros discursos do deputado Duarte Nogueira contra o então ministro Antonio Palocci eram óbvios. Afinal, é o papel do líder do PSDB.
Mas, para Ribeirão, parecia um déjà vu. Hoje protagonistas da política nacional, Palocci e Nogueira são adversários desde sempre.
Palocci foi duas vezes prefeito de Ribeirão. Nas duas, derrotou Nogueira.
A situação lembrava os embates políticos entre Toti e Júnior desde a época do grêmio estudantil do Otoniel Mota. Toti, o ex-ministro, também ganhou essa.
Palocci foi vereador, deputado, ministro duas vezes. Jamais perdeu uma eleição e nunca foi de se esconder.
Acusado de superfaturar o preço do pãozinho em sua primeira gestão na prefeitura, foi à TV se defender.
Já Nogueira, ex-secretário de Estado da Agricultura, quase sempre foi coadjuvante. Entrou na política na vaga do pai, duas vezes ex-prefeito, morto meses antes da eleição de 1990. Não se elegeu deputado federal, mas ganhou cacife para disputar a prefeitura em 1992.
O segundo turno é histórico. Ninguém era indiferente. Difícil era o carro sem adesivo com o nome de um deles. Muitos tinham os dois, porque a família se dividia.
Palocci ganhou por pouco. Em 2000, ganhou por muito, já no primeiro turno. Na crise que o derrubou, Palocci quase não falou. Nogueira falou muito sobre o maior algoz.
Nogueira mora em Ribeirão e é nome forte para a próxima eleição de prefeito. Palocci agora tem apartamento milionário na capital. E só o PT de Ribeirão pensa nele para 2012.
Nesse novo déjà vu, ainda remoto, Júnior seria protagonista. Toti, pela primeira vez, o coadjuvante tentando voltar a ser a estrela.


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