Ribeirão Preto, Domingo, 13 de Maio de 2001 |
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FÁBIO SOARES Incoerência e adivinhação
U MA REGRA diferente
para cada ocasião. Posturas políticas distintas diante de
cada entidade. A absolvição do
meia Piá, da Ponte, pelo TJD da
FPF permite uma leitura clara
da linha de conduta de Eduardo
José Farah, presidente da federação, e Ricardo Cristiano Ribeiro, presidente do Botafogo.
Os cartões amarelos não foram zerados nas finais, segundo
Farah, por respeito às regras.
Pois bem, diz a regra que ao receber o segundo cartão vermelho o jogador pega um gancho
de dois jogos. Piá foi punido
com um só e atua hoje contra o
Botafogo, em Campinas, na disputa por uma vaga à final do
Campeonato Paulista.
Diante disso, era de se esperar
uma reação enérgica de Ribeiro,
voz sempre ativa contra CBF e
Clube dos 13 pelos interesses do
Botafogo. Por que não cobrou
oficialmente da FPF o cumprimento do regulamento? O clube
de Ribeirão Preto faz hoje talvez
a partida mais importante de
sua história, o que obrigaria o
dirigente a, pelo menos, protestar contra decisões vantajosas
ao adversário.
Será que o Leão e a CBF já sabem o desfecho do jogo de hoje
entre Santos e Corinthians? Seis
convocados da equipe do litoral
e nenhum do adversário, base
da seleção no fiasco diante do
Peru! É, além de incoerente,
bem suspeito.
Ao mesmo tempo em que confia nos santistas para a seleção,
não crê para o jogo de hoje. Como os finalistas têm liberação
garantida, coerente seria chamar os preferidos Marcelinho,
Ricardinho e Ewerthon. Atenuaria o tom cômico da lista.
No primeiro jogo entre Corinthians e Santos não houve problemas com distribuição de ingressos. Mudaram tudo. Resultado: uma bilheteria assaltada,
ameaças de agressão e torcedores desorientados. |
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