Ribeirão Preto, Domingo, 13 de setembro de 1998

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Cajuru tenta evitar que fazendeiro esconda material pré-histórico
Cajuru tenta "resgatar" a pré-história

do enviado especial

Um panfleto vai explicar para fazendeiros e sitiantes de Cajuru como devem agir caso encontrem artefatos pré-históricos durante o cultivo da terra.
Segundo a secretária municipal da Cultura, Maria do Carmo Pereira Arena, a intenção é mostrar que não há risco de desapropriação.
"Há várias machadinhas que foram encontradas em fazendas, mas que permanecem com os proprietários dessas áreas devido à falta de informação", disse.
Até o final do ano, a prefeitura deve concluir a construção de uma casa da cultura, onde irá funcionar o primeiro museu de arqueologia da cidade.
No local, também serão expostas as urnas da pré-história encontradas na semana passada na Usina Amália, em um canavial.
A secretária afirma que vai procurar ajuda da USP (Universidade de São Paulo) para elaborar o panfleto. O custo da confecção desse material será dividido com empresas privadas do município.
Fazendeiros relataram à Folha ter encontrado machadinhas entalhadas em pedra nas margens dos rios que cortam o município.
Há pelo menos dez artefatos de pedra polida, que eram usados como armas e ferramentas nas tribos pré-históricas, guardadas com fazendeiros da cidade.
Há 563 propriedades rurais no município, em uma área de 48,7 mil hectares. A economia da região é mantida pelo cultivo da cana-de-açúcar e café.
De acordo com a secretária, a prefeitura também estuda a possibilidade de explorar o turismo a partir das descobertas.
As primeiras peças de tribos pré-históricas foram localizadas na década de 50, perto do rio Cubatão, em uma região de serras.
Em 94, pesquisadores da Unesp (Universidade Estadual Paulista) chegaram a escavar no local.



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