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Cajuru tenta evitar que fazendeiro esconda material pré-histórico
Cajuru tenta "resgatar" a pré-história
do enviado especial
Um panfleto vai explicar para fazendeiros e sitiantes de Cajuru como devem agir caso encontrem
artefatos pré-históricos durante o
cultivo da terra.
Segundo a secretária municipal
da Cultura, Maria do Carmo Pereira Arena, a intenção é mostrar
que não há risco de desapropriação.
"Há várias machadinhas que foram encontradas em fazendas,
mas que permanecem com os proprietários dessas áreas devido à
falta de informação", disse.
Até o final do ano, a prefeitura
deve concluir a construção de uma
casa da cultura, onde irá funcionar
o primeiro museu de arqueologia
da cidade.
No local, também serão expostas
as urnas da pré-história encontradas na semana passada na Usina
Amália, em um canavial.
A secretária afirma que vai procurar ajuda da USP (Universidade
de São Paulo) para elaborar o panfleto. O custo da confecção desse
material será dividido com empresas privadas do município.
Fazendeiros relataram à Folha
ter encontrado machadinhas entalhadas em pedra nas margens dos
rios que cortam o município.
Há pelo menos dez artefatos de
pedra polida, que eram usados como armas e ferramentas nas tribos
pré-históricas, guardadas com fazendeiros da cidade.
Há 563 propriedades rurais no
município, em uma área de 48,7
mil hectares. A economia da região é mantida pelo cultivo da cana-de-açúcar e café.
De acordo com a secretária, a
prefeitura também estuda a possibilidade de explorar o turismo a
partir das descobertas.
As primeiras peças de tribos
pré-históricas foram localizadas
na década de 50, perto do rio Cubatão, em uma região de serras.
Em 94, pesquisadores da Unesp
(Universidade Estadual Paulista)
chegaram a escavar no local.
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