Ribeirão Preto, Domingo, 13 de setembro de 1998

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EDITORIAL
RIGOR ATÉ O FIM

As investigações relativas ao assassinato de três jovens no último dia 4 em Ribeirão Preto devem ser conduzidas com rigor pelas autoridades, pois delas depende, em boa parte, a manutenção na crença na democracia e na Justiça.
De acordo com o Ministério Público e com o inquérito instaurado para se apurar o crime, dois policias militares são suspeitos do assassinato.
Mais ainda: com base nos laudos sobre as condições em que ocorreu o crime, o Ministério Público investiga a ação de um suposto "esquadrão da morte" na região.
Isso significa que um grupo pode estar se sobrepondo à lei e às instituições, "decretando" quem deve ou não permanecer vivo.
Por si só a denúncia já é grave. No entanto, a simples suspeita de que policiais militares possam estar envolvidos eleva a complexidade da situação. Afinal, o dever dos policiais é garantir o cumprimento da lei.
Dizer que os acusados do crime são os culpados seria incorrer no mesmo erro dos que decidem fazer "justiça com as próprias mãos", e não é isso que se pretende aqui.
O que se pede apenas é que a apuração de crimes como esse seja transparente e rigorosa, servindo de exemplo para a sociedade. No mais, a manutenção da ordem e da democracia depende de instituições fortes e honradas, que tenham força para servir de modelo.



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