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EDITORIAL
RIGOR ATÉ O FIM
As investigações relativas ao
assassinato de três jovens no
último dia 4 em Ribeirão Preto
devem ser conduzidas com rigor pelas autoridades, pois delas depende, em boa parte, a
manutenção na crença na democracia e na Justiça.
De acordo com o Ministério
Público e com o inquérito instaurado para se apurar o crime, dois policias militares são
suspeitos do assassinato.
Mais ainda: com base nos
laudos sobre as condições em
que ocorreu o crime, o Ministério Público investiga a ação
de um suposto "esquadrão da
morte" na região.
Isso significa que um grupo
pode estar se sobrepondo à lei
e às instituições, "decretando" quem deve ou não permanecer vivo.
Por si só a denúncia já é grave. No entanto, a simples suspeita de que policiais militares
possam estar envolvidos eleva
a complexidade da situação.
Afinal, o dever dos policiais é
garantir o cumprimento da lei.
Dizer que os acusados do crime são os culpados seria incorrer no mesmo erro dos que
decidem fazer "justiça com as
próprias mãos", e não é isso
que se pretende aqui.
O que se pede apenas é que a
apuração de crimes como esse
seja transparente e rigorosa,
servindo de exemplo para a sociedade. No mais, a manutenção da ordem e da democracia
depende de instituições fortes
e honradas, que tenham força
para servir de modelo.
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