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ECONOMIA
Vice-presidente diz que diferença equilibra os custos
Volkswagen descarta piso único para os metalúrgicos
VÂNIA CARVALHO
enviada especial a São Carlos
O vice-presidente da Volkswagen para Recursos Humanos,
Fernando Tadeu Perez, descartou
ontem em São Carlos a unificação
do piso salarial dos metalúrgicos
no país a curto prazo.
"As fábricas da empresa se localizam em lugares diferentes que,
por sua vez, possuem realidades
diferentes", disse.
Para o vice-presidente, os investimentos da Volks nas fábricas de
São Carlos e Resende (RJ), por
exemplo, tiveram como objetivo
equilibrar os custos da empresa
com a mão-de-obra.
O piso salarial do metalúrgico
de São Carlos é de R$ 540 enquanto em Resende chega a R$ 600.
No ABC, segundo a CUT (Central Única dos Trabalhadores), é
de R$ 1.500.
Segundo Perez, a proposta é inviável quando se reivindica que o
piso seja igualado com base no
maior salário da categoria.
"Acho que as diferenças podem
acabar no futuro, seguindo a média, não o pico", afirmou.
Apesar da retração do mercado,
Perez disse que a Volkswagen não
pensa em dispensar funcionários.
A empresa tem hoje 25 mil empregados e está em negociação salarial com as fábricas de Curitiba
(PR) e São Carlos.
Já foi fechado acordo (reposição
de 10,5%) em Taubaté, no Vale do
Paraíba, e Anchieta.
A unificação é uma reivindicação da CUT. Perez esteve ontem
na fábrica da Volkswagen, em São
Carlos. A empresa fez uma proposta aos 450 empregados da unidade, que só produz motores.
A proposta não foi anunciada
nem pelo sindicato, nem pela empresa.
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