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Manutenção das escolas de Ribeirão vai custar R$ 3,5 mi
Trabalho vai ficar a cargo de engenheiro que cuidou da obra na Dom Luiz do Amaral Mousinho, que precisou ser refeita
Nos próximos 12 meses, HS Lopes será responsável por toda a manutenção preventiva e corretiva dos prédios da rede de ensino
LEANDRO MARTINS
DA FOLHA RIBEIRÃO
Vencedora de um contrato
de R$ 3,5 milhões para fazer a
manutenção dos prédios de escolas municipais de Ribeirão
Preto, a empresa HS Lopes
Construtora tem como engenheiro responsável o mesmo
que, na administração passada,
foi técnico da polêmica obra de
reforma da escola Dom Luiz do
Amaral Mousinho.
O engenheiro Carlos Eduardo Lopes, que na época da reforma da Mousinho era o engenheiro responsável da Conágua, diz que agora trabalha para
a HS Lopes. No papel, o sócio-administrador da empresa é
Hector Sominami Lopes, 21, filho do engenheiro. O pai diz
que não tem vínculos com a Conágua desde outubro de 2008.
No governo do ex-prefeito
Welson Gasparini (PSDB), a
Conágua venceu a licitação de
R$ 4,43 milhões para a reforma
da Mousinho, concluída em
2008. No ano passado, já na administração Dárcy Vera
(DEM), a prefeitura teve de
abrir uma nova licitação de R$
900 mil para corrigir erros.
A reforma anterior teve erros
primários em sua execução, como a falta de escadas, rampas
ou elevadores para o primeiro
andar, o que deixaria o pavimento sem acesso.
Também foram apontados
outros problemas, como infiltrações, grades que ficaram soltas e buracos na quadra.
Lopes se defende dizendo
que, na época, ao término da
obra, a prefeitura assinou um
atestado de capacidade técnica
confirmando que os serviços
foram realizados de maneira
correta.
No contrato assinado agora
com a prefeitura, a HS Lopes ficará responsável pela manutenção preventiva e corretiva
de todos os prédios da rede de
ensino, pelos próximos 12 meses. Sobre o fato de a HS estar
em nome do filho, Lopes disse
que o motivo é porque o rapaz
estuda engenharia. "E porque a
empresa é dele mesmo."
Ouvido pela Folha pouco depois, Hector disse que seu pai
controla a empresa. "É melhor
falar com meu pai", afirmou.
Procurada pela reportagem
para falar sobre o assunto, a Secretaria da Educação de Ribeirão não se manifestou até o fechamento da edição.
Já o secretário da Administração, Marco Antonio dos
Santos, disse que não havia impedimento legal para a contratação da HS Lopes. Ele afirmou
desconhecer que o engenheiro
é o mesmo que assinava como
técnico da Conágua na época
da reforma da Mousinho.
Santos disse que haverá fiscalização para que os problemas ocorridos na obra da Mousinho não voltem a ocorrer.
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