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Aluguel, alcatra e gás "puxam" inflação
Índice em Ribeirão foi de 0,05% em setembro, segundo IPC-Fipe; aumento do preço do gás chegou a 12,3% no mês passado
Para delegado do Creci, o aumento do aluguel ocorreu em locações novas; atual semestre se adequa à passagem da crise mundial
LUCAS REIS
DA FOLHA RIBEIRÃO
O aumento do preço do aluguel, da alcatra e do botijão de
gás foram os principais responsáveis pela alta da inflação de
0,05% registrada no mês passado em Ribeirão Preto, segundo
o IPC-Fipe Moura Lacerda. O
resultado se equipara a setembro de 2005.
O aluguel subiu 1,34% e liderou a lista dos maiores contribuições para o aumento. O aumento do aluguel é seguido pela alcatra (9,08%) e pelo gás em
botijão (12,35%). O resultado
de setembro representa uma
queda em relação ao mês anterior, quando a inflação em Ribeirão foi de 0,10% (veja quadro nesta página).
Na opinião de Sinésio Donizetti Nunes Rodrigues, delegado do Creci (Conselho Regional
de Corretores de Imóveis), o
mercado imobiliário de Ribeirão passa por uma adequação
após a crise mundial.
"Esse aumento ocorreu nas
locações novas, e não nos imóveis que já estão locados. Há
uma adequação, pois os preços
caíram bastante no primeiro
semestre por causa da crise. A
crise passou e estamos retornando à realidade do mercado."
De acordo com a economista
Andréia Tonani, responsável
pelo levantamento, também
chamam atenção as quedas no
preço do açúcar e do álcool
combustível, de 8,6% e 3,3%,
respectivamente.
"O aumento do preço do açúcar, provocado pela alta demanda do produto em mercados como o da Índia, influencia
também o preço do álcool combustível. As exportações estão
bem altas, ou seja, lei da oferta e
da procura. É natural que o preço tenha subido", disse Tonani.
Assim como ocorreu no cenário nacional, o gás em botijão
também teve um aumento expressivo em Ribeirão: 12,35%.
Segundo Tonani, a explicação
dada pelo setor é que o dissídio
da categoria foi repassado ao
preço final do produto.
"É um produto praticamente
insubstituível, e, com certeza,
todo mundo sentiu o aumento", disse a economista. A
maior alta atribuída ao botijão
de gás havia sido a de janeiro de
2006, quando o produto sofreu
reajuste de 5,56%.
Na série histórica, setembro
é um mês em que a inflação oscila de um ano para outro. No
ano passado, houve deflação de
0,06%. Em 2007, Ribeirão registrou inflação de 0,04%.
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