Ribeirão Preto, Quarta-feira, 14 de Outubro de 2009

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Aluguel, alcatra e gás "puxam" inflação

Índice em Ribeirão foi de 0,05% em setembro, segundo IPC-Fipe; aumento do preço do gás chegou a 12,3% no mês passado

Para delegado do Creci, o aumento do aluguel ocorreu em locações novas; atual semestre se adequa à passagem da crise mundial


LUCAS REIS
DA FOLHA RIBEIRÃO

O aumento do preço do aluguel, da alcatra e do botijão de gás foram os principais responsáveis pela alta da inflação de 0,05% registrada no mês passado em Ribeirão Preto, segundo o IPC-Fipe Moura Lacerda. O resultado se equipara a setembro de 2005.
O aluguel subiu 1,34% e liderou a lista dos maiores contribuições para o aumento. O aumento do aluguel é seguido pela alcatra (9,08%) e pelo gás em botijão (12,35%). O resultado de setembro representa uma queda em relação ao mês anterior, quando a inflação em Ribeirão foi de 0,10% (veja quadro nesta página).
Na opinião de Sinésio Donizetti Nunes Rodrigues, delegado do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), o mercado imobiliário de Ribeirão passa por uma adequação após a crise mundial.
"Esse aumento ocorreu nas locações novas, e não nos imóveis que já estão locados. Há uma adequação, pois os preços caíram bastante no primeiro semestre por causa da crise. A crise passou e estamos retornando à realidade do mercado."
De acordo com a economista Andréia Tonani, responsável pelo levantamento, também chamam atenção as quedas no preço do açúcar e do álcool combustível, de 8,6% e 3,3%, respectivamente.
"O aumento do preço do açúcar, provocado pela alta demanda do produto em mercados como o da Índia, influencia também o preço do álcool combustível. As exportações estão bem altas, ou seja, lei da oferta e da procura. É natural que o preço tenha subido", disse Tonani.
Assim como ocorreu no cenário nacional, o gás em botijão também teve um aumento expressivo em Ribeirão: 12,35%. Segundo Tonani, a explicação dada pelo setor é que o dissídio da categoria foi repassado ao preço final do produto.
"É um produto praticamente insubstituível, e, com certeza, todo mundo sentiu o aumento", disse a economista. A maior alta atribuída ao botijão de gás havia sido a de janeiro de 2006, quando o produto sofreu reajuste de 5,56%.
Na série histórica, setembro é um mês em que a inflação oscila de um ano para outro. No ano passado, houve deflação de 0,06%. Em 2007, Ribeirão registrou inflação de 0,04%.







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