DA FOLHA RIBEIRÃO

Os preços do álcool, do açúcar e da tonelada de cana despencaram no mercado nacional. Antes do boom do etanol, a tonelada de cana era vendida a até R$ 55, hoje ela não passa de R$ 35 -36,3% a menos.
Já o litro do álcool, em plena entressafra, é comercializado a valores considerados baixos pelas usinas, R$ 0,70. Isso pode significar que algumas usinas estão operando no limite, já que o custo de produção alegado varia de R$ 0,70 a R$ 0,75.
"Sem crédito, muitas usinas se viram na obrigação de vender parte do estoque de álcool para fazer caixa, o que deixa o preço baixo, uma aberração para o período de entressafra", disse Maurilio Biagi Filho, presidente da usina Moema.
A variação negativa, em relação à mesma semana de 2008, é de pouco mais de 5% mas, se for considerado o preço da última semana de fevereiro de 2006, quando o álcool estava em alta, a queda chega a 38% -o combustível era vendido, em valores nominais, a R$ 1,1530 nas usinas, sem impostos.
Tal cenário motivou o surgimento de projetos de usinas em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás. Muitos não saíram do papel. É o caso de projetos do endividado grupo Santelisa Vale.


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