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Ação quer multar Galo Bravo em R$ 616 mil
Ministério Público do Trabalho pede que salário atrasado seja pago
Dono quer explicar situação da empresa à Procuradoria e diz não ter ainda dinheiro para pagar os funcionários
DE RIBEIRÃO PRETO
O Ministério Público do
Trabalho entrou nesta semana com duas ações na Justiça
para que a usina Galo Bravo e
empresas associadas paguem os seus funcionários.
Alguns estão sem receber salário há três meses.
Uma das ações pede ainda
a aplicação de uma multa de
R$ 616 mil por descumprir
dois acordos anteriores de
normas trabalhistas.
As duas ações colocam como réus os proprietários da
usina Galo Bravo, a Cerp
(Central Energética de Ribeirão Preto) que assumiu a usina, a Marques e Miziara
Agropecuária, braço agrícola
da empresa, e a Invest Corp,
do empresário Ricardo Mansur, que fez os pagamentos
com cheques sem fundo.
A usina possui 1.400 empregados. A ação civil pública quer ainda que o funcionário possa optar pela rescisão indireta do contrato, para poder sacar já o FGTS.
Segundo o procurador
Charles Lustosa Silvestre, caso a decisão seja favorável, a
multa e os salários deverão
ser pagos em 48 horas, sob
pena de penhora de bens.
Alexandre Balbo, que está
à frente da usina após a retirada de Ricardo Mansur do
controle da empresa, disse
que tentou ontem, sem sucesso, falar com o procurador, para explicar a situação.
Ele diz precisar de cerca de
R$ 3 milhões para pagar os
salários, o que não conseguirá até amanhã. A Folha não
localizou José Alberto Miziara e Marcelo Marques, citados na ação.
(JULIANA COISSI)
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