Ribeirão Preto, Quinta-feira, 15 de Julho de 2010

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Sem dinheiro, cortador acampa perto de usina

DE RIBEIRÃO PRETO

A falta de salário desde abril levou o cortador de cana José Edson de Jesus, 42, a uma situação drástica. Sem dinheiro para o aluguel, ele decidiu montar duas barracas perto da usina Galo Bravo, onde vive com dois filhos, a nora e dois netos.
Natural de Feira de Santana (BA), Jesus acumula no currículo oito anos de safra na região. Mas essa foi a primeira vez que ficou sem salário e sem poder ajudar a família, na Bahia.
O filho Anderson de Jesus Silva, 25, viajou com a família até Ribeirão para apoiar o pai. "Todo ano ele voltava com R$ 5 mil, R$ 6 mil, e a gente vivia com isso." Gastou R$ 143 para comprar as duas barracas de tecido. O fogão foi improvisado com dois tijolos. O alimento é doado.
"Eu acho uma pouca vergonha não pagarem os funcionários, ainda mais gente de alta sociedade. Meu pai quer receber o atrasado e nunca mais cortar cana na vida", disse o filho.


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