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OUTRO LADO
Estado não fala sobre apuração de denúncias
FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO
A Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo,
que deu início às investigações
das cadeias superfaturadas,
não se manifesta sobre o assunto. O órgão foi procurado seis
vezes pela Folha ontem, por
meio de seus assessores, mas
não houve retorno.
A Corregedoria da Polícia Civil informou que instaurou os
inquéritos porque há envolvimento de funcionários públicos. "Estamos cuidando dos
laudos e depoimentos do caso.
Depois, encaminhamos ao Ministério Público, que decide se
os envia à Justiça", afirmou
Carlos Eduardo Benito Jorge,
delegado da divisão de crimes
funcionais da Corregedoria.
O presidente da Câmara dos
Deputados, Michel Temer
(PMDB), que foi secretário da
Segurança, e Luiz Antonio
Fleury Filho (PTB), governador à época, afirmaram não ter
participação nos processos de
licitações para reformas em cadeias.
Temer era Secretário da Segurança Pública no Estado entre 91 e 92, data em que estão
sendo investigadas as denúncias de superfaturamento.
Os delegados das seis cadeias
da região denunciadas por irregularidades afirmaram não ter
conhecimento do problema.
Eles disseram que as contratações eram feitas pelo Deplan, e
os delegados não tinham acesso aos valores.
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