Ribeirão Preto, Sábado, 15 de Agosto de 2009

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Região ganha 29 mil habitantes, diz IBGE

Estimativa populacional aponta crescimento de 0,91% em um ano; Ribeirão permanece em 9º lugar no ranking estadual

Araraquara ultrapassa a barreira dos 200 mil; os dez maiores municípios já concentram 56,4% da população da região


LUCAS REIS
DA FOLHA RIBEIRÃO

O gerente do hotel Íbis Adilson Manuel da Silva perdeu as contas do número de cidades em que morou antes de se mudar para Ribeirão Preto, há dois meses. Ele passou por São Paulo, Guarulhos e Limeira, entre outras. Agora, pretende ficar definitivamente em Ribeirão. "Em uma semana, minha família já havia adotado a cidade. Agora será difícil sair daqui."
A família de Silva ajuda a engrossar o avanço populacional da região em 2009, segundo estimativa divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Entre julho de 2008 e agosto de 2009, as 89 cidades da região ganharam 29.027 novos habitantes. É como se uma cidade do tamanho de Ibaté ou Igarapava passasse a integrar a região.
O levantamento mostra, ainda, que as dez maiores cidades concentram 56,4% da população total da região. No período, as dez maiores cidades ganharam 16 mil habitantes. Os novos números não são baseados em censo. São uma estimativa, divulgada anualmente pelo IBGE, que planeja fazer uma contagem oficial no próximo ano -a última foi feita em 2000.
Ribeirão não mudou sua posição no ranking nacional: é o 33º município mais populoso do Brasil. No Estado, segue em 9º lugar. São Paulo, com 11.037.593, lidera no país.
Para a prefeita de Ribeirão, Dárcy Vera (DEM), o avanço de 0,89% na população -4.971 pessoas a mais- mostra o "poder de atração" da cidade.
"Continuamos sendo um polo de atração dos que desejam morar ou abrir seus negócios por aqui", disse a prefeita. "A estimativa deixa evidente que a cidade precisa se preparar para receber esses migrantes."
Araraquara conseguiu ultrapassar a barreira dos 200 mil habitantes. Até a estimativa do ano passado, a cidade tinha 199.132 pessoas. Hoje são 200.666. "A diferença será significativa. Haverá um peso político maior quando nós falarmos que representamos uma cidade com mais de 200 mil habitantes ao pedir repasses. Psicologicamente será diferente", disse o prefeito Marcelo Barbieri (PMDB).
A principal mudança que a nova estimativa do IBGE pode trazer é o valor do repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Apenas o município de Jardinópolis deve alterar sua participação no fundo (leia texto nesta página).
Alberto Borges Mathias, professor da FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade) da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto, disse que as taxas de crescimento diminuíram e isso se deve ao aumento no nível educacional.
"O crescimento por nascimento é muito baixo. E quanto maior o nível cultural das pessoas, menor é a migração para outros municípios", disse.


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