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Região ganha 29 mil habitantes, diz IBGE
Estimativa populacional aponta crescimento de 0,91% em um ano; Ribeirão permanece em 9º lugar no ranking estadual
Araraquara ultrapassa a barreira dos 200 mil; os dez maiores municípios já concentram 56,4% da população da região
LUCAS REIS
DA FOLHA RIBEIRÃO
O gerente do hotel Íbis Adilson Manuel da Silva perdeu as
contas do número de cidades
em que morou antes de se mudar para Ribeirão Preto, há dois
meses. Ele passou por São Paulo, Guarulhos e Limeira, entre
outras. Agora, pretende ficar
definitivamente em Ribeirão.
"Em uma semana, minha família já havia adotado a cidade.
Agora será difícil sair daqui."
A família de Silva ajuda a engrossar o avanço populacional
da região em 2009, segundo estimativa divulgada ontem pelo
IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística). Entre
julho de 2008 e agosto de 2009,
as 89 cidades da região ganharam 29.027 novos habitantes. É
como se uma cidade do tamanho de Ibaté ou Igarapava passasse a integrar a região.
O levantamento mostra, ainda, que as dez maiores cidades
concentram 56,4% da população total da região. No período,
as dez maiores cidades ganharam 16 mil habitantes. Os novos números não são baseados
em censo. São uma estimativa,
divulgada anualmente pelo IBGE, que planeja fazer uma contagem oficial no próximo ano
-a última foi feita em 2000.
Ribeirão não mudou sua posição no ranking nacional: é o
33º município mais populoso
do Brasil. No Estado, segue em
9º lugar. São Paulo, com
11.037.593, lidera no país.
Para a prefeita de Ribeirão,
Dárcy Vera (DEM), o avanço de
0,89% na população -4.971
pessoas a mais- mostra o "poder de atração" da cidade.
"Continuamos sendo um polo de atração dos que desejam
morar ou abrir seus negócios
por aqui", disse a prefeita. "A
estimativa deixa evidente que a
cidade precisa se preparar para
receber esses migrantes."
Araraquara conseguiu ultrapassar a barreira dos 200 mil
habitantes. Até a estimativa do
ano passado, a cidade tinha
199.132 pessoas. Hoje são
200.666. "A diferença será significativa. Haverá um peso político maior quando nós falarmos que representamos uma
cidade com mais de 200 mil habitantes ao pedir repasses. Psicologicamente será diferente",
disse o prefeito Marcelo Barbieri (PMDB).
A principal mudança que a
nova estimativa do IBGE pode
trazer é o valor do repasse do
FPM (Fundo de Participação
dos Municípios). Apenas o município de Jardinópolis deve alterar sua participação no fundo
(leia texto nesta página).
Alberto Borges Mathias, professor da FEA-RP (Faculdade
de Economia, Administração e
Contabilidade) da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto, disse que as taxas
de crescimento diminuíram e
isso se deve ao aumento no nível educacional.
"O crescimento por nascimento é muito baixo. E quanto
maior o nível cultural das pessoas, menor é a migração para
outros municípios", disse.
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