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Inflação de setembro atinge 0,81% em Ribeirão
Aumento no preço dos alimentos impulsionou alta no mês passado
Carne, pão francês e frutas sofreram os maiores reajustes; em julho e agosto, Ribeirão registrou deflação
VENCESLAU BORLINA FILHO
DE RIBEIRÃO PRETO
O aumento no preço dos
alimentos puxou a inflação
de setembro em Ribeirão Preto, que fechou em alta de
0,81% segundo o IPC (Índice
de Preços ao Consumidor),
divulgado ontem pela Fipe
(Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e a ACI-RP (Associação Comercial e
Industrial de Ribeirão Preto).
As maiores contribuições
vieram do aumento no preço
da carne, do pão francês e
das frutas. O preço do quilo
do acém, por exemplo, teve
aumento de 14,34% no mês,
enquanto o pão aumentou
4,57% e a laranja, 28,01%.
Cada um dos itens tem um
peso diferente na composição da inflação.
Nos dois meses anteriores
(julho e agosto), os produtos
da cesta de consumo apresentaram deflação de 0,08%
e 0,09%, respectivamente, o
que impressionou os responsáveis pela pesquisa.
Segundo o economista da
ACI-RP, Fred Guimarães, o
aumento no preço da carne
foi causado pela seca excessiva e pela alta da demanda
causada pelo encarecimento
de outras carnes mais nobres
e mais consumidas.
Já o preço do pão francês
foi elevado pela quebra da
safra na Rússia e o aumento
da demanda pelo trigo argentino. "Como o Brasil não é
autosuficiente em trigo, precisa importar e se submeter
aos preços elevados pela alta
demanda", disse.
Numa padaria do Jardim
Paulista, por exemplo, o preço do quilo do pão subiu 10%
no mês passado, de R$ 6 para
R$ 6,60. De acordo com a gerente Inah Cecília Vieira, 54,
caso o preço da farinha sofra
um novo aumento, ficará difícil não ser necessário outro
reajuste.
Segundo Guimarães, a inflação somente não foi maior
em setembro por causa da
queda nos preços da batata,
da cebola e de itens domésticos, como computador e TV,
de -7,65% e -1,48%, respectivamente, favorecidos pelo
câmbio vantajoso.
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