Ribeirão Preto, Sábado, 15 de Novembro de 2008

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Novo centro abre espaço para cursos à distância na USP

Reitora defende a modalidade de ensino como forma de aumentar o acesso da população à educação superior

Centro de informática foi inaugurado ontem em Ribeirão Preto, com salas para videoconferência e produção de vídeos

VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO

O prédio do novo Cirp (Centro de Informática de Ribeirão Preto), que funciona dentro do campus da USP (Universidade de São Paulo), abre espaço para que cursos à distância, inclusive de graduação, sejam oferecidos pela universidade.
O Cirp já existe há dez anos no campus, mas o novo prédio, equipado com salas próprias para videoconferência e produção de vídeos, foi inaugurado ontem, com a presença da reitora da USP, Suely Vilela.
A reitora defendeu o ensino à distância, um tema polêmico dentro da universidade, como forma de aumentar o acesso da população ao ensino superior.
"Nós temos uma cultura de que o ensino à distância não é de qualidade, nós precisamos mudar isso. E a USP tem um papel fundamental no país, porque oferece ensino com qualidade e competência e saberá fazer ensino à distância com competência", disse.
A criação de cursos de graduação à distância, no entanto, depende da aprovação do Conselho Universitário da USP, assim como ocorre com a criação de cursos presenciais.
Atualmente, de acordo com a reitora, está tramitando no Conselho de Graduação da USP o pedido de criação de uma graduação à distância para licenciatura em biologia, que funcionaria no campus de São Paulo. O Conselho de Graduação é a instância anterior ao Conselho Universitário.
Para o campus de Ribeirão, não há processos de criação de graduação à distância sendo analisados, apenas de um curso presencial, de letras, que seria vinculado à FFCLRP (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto), mas ainda não há prazo para a avaliação final.
Na avaliação do prefeito do campus da USP de Ribeirão, José Aparecido Da Silva, numa próxima fase de expansão o foco para a cidade deveria ser a criação de graduações voltadas a cursos de engenharia e biotecnologia, especialmente voltados à área farmacêutica e ao setor sucroalcooleiro.
"Essa seria uma maneira de atrairmos riqueza para a cidade. O setor de serviços e de comércio cresce, mas não atrai mão-de-obra mais qualificada e a renda per capita da cidade está caindo. Esses cursos atrairiam atividades com valor agregado maior", disse.


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