Ribeirão Preto, Sexta, 16 de abril de 1999

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Suspeitos são seguranças do local
Rapaz é assassinado em fazenda de Ipuã

da Folha Ribeirão

A polícia investiga a participação de seguranças de uma fazenda em Ipuã, na região de São Joaquim da Barra, no assassinato do metalúrgico Aguinaldo Machado, 20.
O rapaz desapareceu no feriado do último dia 2, quando pescava dentro da Fazenda Aliança junto com um cunhado.
Ontem, policiais encontraram o corpo enterrado no meio de um canavial, perto de onde a moto dele havia sido localizada.
O cunhado do metalúrgico, que não teve o nome divulgado, disse à polícia que os dois estavam juntos quando foram cercados por cinco seguranças. Ele conseguiu escapar.
Segundo a polícia, Machado foi amarrado, com as mãos para trás, e levado a pé até onde estava sua moto, a 300 metros do tanque -utilizado como local para a reprodução de peixes na fazenda-, onde eles pescavam.
Segundo o delegado Hugo Anselmo Ravagnani, da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Machado levou um tiro na nuca.
A polícia já conseguiu mandado de prisão temporária contra dois dos suspeitos: Lomanto da Silva e Ivan Carlos Pereira.
Os dois estão foragidos desde o crime e, segundo a polícia, deverão se apresentar em breve.
"Já tivemos um contato com o advogado deles, que nos indicou aproximadamente o local onde o corpo estava", disse o delegado.
Os policiais percorreram 600 metros dentro de um canavial até encontrar a vala onde o corpo estava enterrado, na fazenda. A vala estava coberta com cal -produto químico que evita o mau cheiro.
Os dois serão indiciados, de acordo com o delegado, por homicídio e ocultação de cadáver.
A arma, uma cartucheira calibre 12, ainda não foi apreendida.
Segundo Ravagnani, os seguranças alegaram, por meio do advogado, que o disparo foi acidental.
Machado, que estava com as mãos amarradas, teria tentado reagir, quando a arma que estava com Silva disparou.
Os proprietários da Fazenda Aliança, que não foram localizados ontem pela Folha, também devem responder a processo.
A polícia investiga se o dono da propriedade tinha licença para manter guarda armada.
No momento do tiro dois seguranças estavam ao lado metalúrgico, segundo versão dos acusados.



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