Ribeirão Preto, Sexta, 16 de abril de 1999

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EDUCAÇÃO
USP e Unesp aprovam resultado do exame como critério
Universidades adotam nota do Enem para vestibular de 2000

MARTA AVANCINI
da Reportagem Local

Duas das três universidades estaduais paulistas -USP e Unesp- vão usar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) como critério de ingresso de alunos no ano 2000.
A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) já aprovou a utilização do exame na Câmara Deliberativa do Vestibular, mas a decisão final depende de um parecer da área jurídica da universidade, em que será definido se a questão também precisa ser submetida a outras instâncias superiores.
O Enem é um exame criado pelo MEC (Ministério da Educação) para avaliar as competências adquiridas durante a educação básica. Ou seja, diferentemente dos vestibulares convencionais que medem o volume de informação absorvida pelos alunos, o Enem está preocupado em avaliar como eles aplicam as informações transmitidas ao longo do ensino fundamental e do médio (antigos 1º e 2º graus).
O exame foi aplicado pela primeira vez em 1998. Este ano, ele está marcado para 29 de agosto. Podem fazer a prova alunos que estejam concluindo o ensino médio ou que já passaram pela educação básica. A participação é voluntária.
O modo como o Enem vai ser computado na nota final do vestibular varia de uma instituição para outra. A Unesp (Universidade Estadual Paulista) vai somar a nota do Enem com a obtida pelo candidato na prova de conhecimentos gerais. A avaliação do Enem vai ter um peso de até 20% na nota da prova de conhecimentos gerais -assim, quem tiver bom desempenho no Enem, vai ter mais pontos na prova de conhecimentos gerais, mas, se ele for mal no Enem, não será prejudicado.
Na USP (Universidade de São Paulo), o Enem será usado na primeira fase do vestibular. A nota do Enem só será computada se a nota obtida nesse exame for maior que a da primeira fase do vestibular.
Para a pró-reitora de Graduação da Unesp, Maria Aparecida Viggiani Bicudo, a incorporação do Enem pode democratizar o ingresso nas instituições e estimular a reforma dos currículos, enfatizando o desenvolvimento das habilidades em detrimento dos conteúdos.



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