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EDUCAÇÃO
USP e Unesp aprovam resultado do exame como critério
Universidades adotam nota do Enem para vestibular de 2000
MARTA AVANCINI
da Reportagem Local
Duas das três universidades estaduais paulistas -USP e Unesp-
vão usar o Enem (Exame Nacional
do Ensino Médio) como critério de
ingresso de alunos no ano 2000.
A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) já aprovou a
utilização do exame na Câmara
Deliberativa do Vestibular, mas a
decisão final depende de um parecer da área jurídica da universidade, em que será definido se a questão também precisa ser submetida
a outras instâncias superiores.
O Enem é um exame criado pelo
MEC (Ministério da Educação) para avaliar as competências adquiridas durante a educação básica. Ou
seja, diferentemente dos vestibulares convencionais que medem o
volume de informação absorvida
pelos alunos, o Enem está preocupado em avaliar como eles aplicam
as informações transmitidas ao
longo do ensino fundamental e do
médio (antigos 1º e 2º graus).
O exame foi aplicado pela primeira vez em 1998. Este ano, ele está marcado para 29 de agosto. Podem fazer a prova alunos que estejam concluindo o ensino médio ou
que já passaram pela educação básica. A participação é voluntária.
O modo como o Enem vai ser
computado na nota final do vestibular varia de uma instituição para
outra. A Unesp (Universidade Estadual Paulista) vai somar a nota
do Enem com a obtida pelo candidato na prova de conhecimentos
gerais. A avaliação do Enem vai ter
um peso de até 20% na nota da
prova de conhecimentos gerais
-assim, quem tiver bom desempenho no Enem, vai ter mais pontos na prova de conhecimentos gerais, mas, se ele for mal no Enem,
não será prejudicado.
Na USP (Universidade de São
Paulo), o Enem será usado na primeira fase do vestibular. A nota do
Enem só será computada se a nota
obtida nesse exame for maior que a
da primeira fase do vestibular.
Para a pró-reitora de Graduação
da Unesp, Maria Aparecida Viggiani Bicudo, a incorporação do
Enem pode democratizar o ingresso nas instituições e estimular a reforma dos currículos, enfatizando
o desenvolvimento das habilidades em detrimento dos conteúdos.
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