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FOCO
Sindicatos arrecadam alimentos para doar a trabalhadores da Galo Bravo
JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO
A falta de pagamento aos
1.400 funcionários da Cerp,
antiga usina Galo Bravo, levou a uma mobilização dos
sindicatos que representam
os trabalhadores rurais.
Os sindicatos das cidades
de Ribeirão, Pradópolis, Sertãozinho e Barrinha se organizaram para arrecadar alimentos, que já começaram a
ser distribuídos aos trabalhadores da Galo Bravo.
Ontem, o presidente do
sindicato de Ribeirão, Sílvio
Donizetti Palviqueres, comprou R$ 1.000 em alimentos,
graças ao dinheiro que foi obtido por meio de doação.
O sindicalista preocupou-se em comprar os itens mais
urgentes entre os que compõem uma cesta básica: arroz, feijão, sal e óleo.
Os alimentos estão sendo
levados de carro para sindicatos da região para atender
boias-frias do distrito de Cruz
das Posses, de Sertãozinho,
de Barrinha e de Pradópolis.
Segundo Palviqueres, pelo
menos 30% dos funcionários
do corte de cana estão sem
salários desde abril. Todos os
cortadores não receberam o
pagamento de junho.
Sem salário, alguns já não
tem comida na despensa e
estão sobrevivendo graças a
doações. Outros, porém, sofrem a ameaça de serem despejados das casas que alugaram, por inadimplência.
Em uma atitude desesperada, o cortador de cana José
Edson de Jesus, 42, decidiu
montar duas barracas perto
da usina Galo Bravo, onde vive com dois filhos, a nora e
dois netos. O alimento que
eles consomem é doado.
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