DA FOLHA RIBEIRÃO

Indiferentes à queda na procura por carros com mais de 20 anos de uso que foi sentida pelos donos de revendas do ramo ouvidos pela Folha, em Ribeirão, os Fuscas continuam soberanos na preferência, tanto de clientes comuns como de colecionadores.
O charme do modelo, que começou a ser produzido no Brasil em 59, faz com que eles sejam vendidos, ainda hoje, a preços semelhantes ao de outros modelos cinco ou seis anos mais novos.
Na meca dos "cacarecos" de Ribeirão, as garagens da avenida Costa e Silva, é possível comprar um Fusca 1969 por R$ 2.500. A diferença é pouca para um Voyage de 1982, que sai por R$ 3.500 à vista.
Segundo o comerciante Paulo Scandaroli, 43, que vende carros velhos há 15 anos, a preferência pelo Fusca é muito maior do que pelo Corcel e Brasília, outros velhinhos bem conceituados.
"Na semana passada vendi um [Fusca] com 85% de peças originais para um colecionador de Curitiba por R$ 5.500, um ótimo negócio", afirmou.
No geral, as vendas nas lojas de usados daquela região da cidade contabilizam prejuízo por causa da facilidade de crédito e, principalmente, no último ano, pelo benefício do governo federal de subsidiar parte do IPI dos carros zero.
"O mercado está longe de ser bom como há dois anos. Com as taxas que esses carros velhos têm e as facilidades para comprar os mais novos, pouca gente ainda quer", disse o lojista Reinaldo Crivello.


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