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Após preparo em grupo, casal aguarda a chegada de um filho
DE RIBEIRÃO PRETO
Os afilhados sempre ocuparam um espaço importante nas vidas do bancário José
Carlos Garcia, 44, e da assistente administrativa Zélia
Silva Costa Garcia, 42.
Casados há quase 21 anos,
eles optaram por não ter filhos. A ideia da adoção, conta o bancário, começou a surgir em março de 2009, em
reunião com amigos, que são
os pais de seus afilhados.
"A gente acha que ser padrinho supera essa questão
de pai, mas começamos a
pensar na adoção."
Em novembro, eles fizeram a inscrição no Fórum de
Ribeirão para adotar uma
criança. Durante a espera,
começaram a pesquisar sobre o tema e souberam do
grupo de apoio da ONG Crescendo em Família.
A ideia de um "curso",
confessa, pareceu estranha
no começo ao bancário.
"Realmente, num primeiro
aspecto, você pensa: "Pô,
mas preciso passar por um
curso, por uma psicóloga?"
Mas, já na primeira reunião,
vi que não era nada maçante
nem alguém te questionando
o tempo todo."
Um dos medos, já esclarecido, era de que o filho se rebelasse contra eles.
Outro ponto repensado foi
a idade. O casal, que antes
queria um bebê de até dois
anos, hoje aceitaria uma
criança de quatro anos.
Carlos e Zélia ainda aguardam pelo filho adotivo -uma
espera que, graças ao preparo recebido, acontece sem
uma ansiedade exagerada.
Vitor, 36, e Taís, 36 (nomes
fictícios), adotaram Pedro
com três dias de vida. Hoje a
criança tem dois anos e meio.
Antes da adoção, Taís fez
tratamento e tentou engravidar por duas vezes, sem sucesso. O casal ficou na fila de
adoção por dois anos.
Pedro chegou e trouxe junto a insegurança de criar um
filho adotivo. Os pais optaram então por fazer um curso
de pós-adoção.
Foram também as orientações depois da adoção que
hoje ajudam Laura, 44, citada no início desta reportagem, a cuidar de Patrícia, 6.
"A preocupação que eu tinha é se a criança iria nos
aceitar. E o grupo ajuda a
quebrar esse mito."
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