Ribeirão Preto, Domingo, 17 de Outubro de 2010

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Após preparo em grupo, casal aguarda a chegada de um filho

DE RIBEIRÃO PRETO

Os afilhados sempre ocuparam um espaço importante nas vidas do bancário José Carlos Garcia, 44, e da assistente administrativa Zélia Silva Costa Garcia, 42.
Casados há quase 21 anos, eles optaram por não ter filhos. A ideia da adoção, conta o bancário, começou a surgir em março de 2009, em reunião com amigos, que são os pais de seus afilhados.
"A gente acha que ser padrinho supera essa questão de pai, mas começamos a pensar na adoção."
Em novembro, eles fizeram a inscrição no Fórum de Ribeirão para adotar uma criança. Durante a espera, começaram a pesquisar sobre o tema e souberam do grupo de apoio da ONG Crescendo em Família.
A ideia de um "curso", confessa, pareceu estranha no começo ao bancário. "Realmente, num primeiro aspecto, você pensa: "Pô, mas preciso passar por um curso, por uma psicóloga?" Mas, já na primeira reunião, vi que não era nada maçante nem alguém te questionando o tempo todo."
Um dos medos, já esclarecido, era de que o filho se rebelasse contra eles.
Outro ponto repensado foi a idade. O casal, que antes queria um bebê de até dois anos, hoje aceitaria uma criança de quatro anos.
Carlos e Zélia ainda aguardam pelo filho adotivo -uma espera que, graças ao preparo recebido, acontece sem uma ansiedade exagerada.
Vitor, 36, e Taís, 36 (nomes fictícios), adotaram Pedro com três dias de vida. Hoje a criança tem dois anos e meio.
Antes da adoção, Taís fez tratamento e tentou engravidar por duas vezes, sem sucesso. O casal ficou na fila de adoção por dois anos.
Pedro chegou e trouxe junto a insegurança de criar um filho adotivo. Os pais optaram então por fazer um curso de pós-adoção.
Foram também as orientações depois da adoção que hoje ajudam Laura, 44, citada no início desta reportagem, a cuidar de Patrícia, 6.
"A preocupação que eu tinha é se a criança iria nos aceitar. E o grupo ajuda a quebrar esse mito."


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