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Justiça veta reajuste de contrato com a Leão
Prefeitura de Matão foi proibida de fazer aditamento para obras viárias
Acréscimos sucessivos do contrato, de 2006, revelam "compra de obras e serviços sem licitação", segundo juiz
LEANDRO MARTINS
DE RIBEIRÃO PRETO
Uma liminar do juiz Gustavo Carvalho de Barros, da 3ª
Vara Cível de Matão, proíbe a
prefeitura da cidade de fazer
novos aditamentos, como
reajustes de preço e contratação de serviços, em um contrato de R$ 20,7 milhões assinado em 2006 com a empresa Leão Engenharia.
O contrato, segundo a prefeitura, era para uma série de
obras, como pavimentação,
recapeamento, serviços antienchentes e construção de
um viaduto, entre outras.
A liminar faz parte de uma
ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual contra a Leão Engenharia, o prefeito de Matão,
Adauto Aparecido Scardoelli
(PT), e o secretário de Infraestrutura Urbana, Serviços Municipais e Meio Ambiente,
Geraldo Lesbão Meira.
A Promotoria acusa o prefeito e o secretário de supostos atos de improbidade administrativa por causa de
aditamentos (acréscimos)
feitos no contrato inicial firmado em 2006 com a Leão.
Segundo o despacho do
juiz, a Lei de Licitações permite aditamentos em contratos, mas isso deve ser tratado
como exceção. No caso do
documento assinado com a
Leão, diz o despacho, 20
obras públicas e serviços foram contratados com a empresa por meio de aditamentos no contrato inicial.
Em análise preliminar, a
Justiça reconheceu que as diversas alterações do contrato
tiveram como resultado uma
"verdadeira compra de obras
e serviços sem licitação".
A prefeitura disse que vai
recorrer da liminar e que não
há irregularidades nos aditamentos. Segundo a assessoria, as alterações não superaram 25% do valor original, e,
por isso, não ultrapassam o
limite previsto em lei.
A Leão Engenharia foi procurada pela Folha anteontem, mas nenhum representante da empresa respondeu
aos contatos da reportagem.
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