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FOCO
Nome da vicinal "João Traficante", de Franca, gera curiosidade na região
RODOLFO TIENGO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO
O curioso nome "João Traficante" para a vicinal que liga Franca a Ibiraci (MG) desperta a imaginação de quem
desconhece sua história. Afinal, a primeira associação
que se faz, por piada ou falta
de informação, é com algum
"João" envolvido com o crime organizado.
Na verdade, a movimentada vicinal é assim chamada
por homenagem a João Traficante (1909 -1984), conhecido por apoiar melhorias no
transporte da região.
O francano herdou o sobrenome dos pais Cosmo e
Luzia, imigrantes italianos
vindos da Calábria.
Tio do técnico Hélio Rubens, do Franca Basquete,
João Traficante é lembrado
por ter contribuído, por meio
de contatos políticos, para
que o governo investisse na
construção da rodovia Assis
Chateaubriand, entre Franca
e Araxá (MG).
O homenageado, segundo
o Museu Histórico Municipal
"José Chiachiri", além de ter
sido bancário e ter colaborado para órgãos de imprensa,
foi oficial de gabinete do governador Carvalho Pinto, nos
anos 60, e amigo de Juscelino
Kubitschek.
"Sinto imenso orgulho de
ser neto dele", diz o representante comercial Ney Eduardo
Aidar, 44, que não carrega o
sobrenome do avô "porque a
mãe quis assim".
Aidar afirma que não sofre
constrangimento com o significado distorcido que o nome de família adquiriu.
Inaugurada em setembro
de 1980 pelo então prefeito
Maurício Sandoval Ribeiro,
após ser pavimentada pela
primeira vez, a vicinal recebeu a nomeação por decreto
aprovado na primeira gestão
do prefeito Sidnei Franco da
Rocha, entre 1983 e 1987, segundo Sandoval.
Hoje, a vicinal é lembrada
pelo elevado número de acidentes, como o que matou o
prefeito de Restinga, Clarindo Ferracioli, o Belão, 53, na
última segunda -a Polícia
Militar não forneceu dados
de acidentes na via.
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