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Consultas ao SCPC caem 19% em janeiro
Lojistas fazem 66.098 consultas em janeiro, contra as 81.992 registradas no mesmo mês do ano passado
DA FOLHA RIBEIRÃO
Apesar do crescimento nas
vendas no comércio, divulgado
anteontem pelo Sincovarp
(Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto), o número de consultas feitas por lojistas ao SCPC (Serviço Central
de Proteção ao Crédito) para
compras à vista em janeiro caiu
19,3% em relação ao mesmo período de 2008.
De acordo com o Instituto de
Pesquisas Sociais da ACI-RP
(Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto), os
lojistas da cidade fizeram
66.098 consultas no mês passado, contra 81.992 em janeiro de
2008 para compras feitas por
meio de cheques.
"O consumidor de Ribeirão
Preto está mais precavido ao
comprar, e isso é um sinal bastante perigoso", afirmou Antônio Vicente Golfeto, diretor do
instituto da ACI-RP.
Para ele, o comércio de Ribeirão Preto ainda tem resistido
aos efeitos da crise nos mercados mundiais. Porém, caso haja
uma recessão nas vendas, a
economia local entrará em "depressão", o que significará problemas para a economia da cidade. "Se isso acontecer [redução nas vendas no comércio do
município], a situação ficará
extremamente complicada. Se
o comércio parar, tudo vai parar", afirmou Golfeto.
Apesar da queda, o número
de consultas que foram barradas no comércio local manteve-se praticamente o mesmo.
Em janeiro de 2008, 33,9%
das compras não foram concluídas pois o nome do cliente
estava negativado no SCPC.
Neste ano, o índice subiu para
35%. Ou seja: em janeiro, de cada cem compras iniciadas, 35
foram barradas no caixa porque o comprador estava com o
nome incluído no serviço de
proteção ao crédito.
No entanto, as inclusões de
devedores no SCPC em janeiro
deste ano subiram 8,1% em relação a janeiro de 2008.
"O consumidor com dívidas
geralmente para de gastar imediatamente", disse Golfeto.
A inadimplência no comércio fica mais visível quando se
olha para os títulos protestados
no Tabelião de Protestos e Notas, conforme a Folha publicou
há uma semana. O último trimestre de 2008 registrou crescimento de 57,8% em relação
ao mesmo período do ano anterior. O protesto de títulos é
mais comum entre pessoas
jurídicas.
(LUCAS REIS)
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