Ribeirão Preto, Quarta-feira, 18 de Fevereiro de 2009

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Consultas ao SCPC caem 19% em janeiro

Lojistas fazem 66.098 consultas em janeiro, contra as 81.992 registradas no mesmo mês do ano passado

DA FOLHA RIBEIRÃO

Apesar do crescimento nas vendas no comércio, divulgado anteontem pelo Sincovarp (Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto), o número de consultas feitas por lojistas ao SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) para compras à vista em janeiro caiu 19,3% em relação ao mesmo período de 2008.
De acordo com o Instituto de Pesquisas Sociais da ACI-RP (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto), os lojistas da cidade fizeram 66.098 consultas no mês passado, contra 81.992 em janeiro de 2008 para compras feitas por meio de cheques.
"O consumidor de Ribeirão Preto está mais precavido ao comprar, e isso é um sinal bastante perigoso", afirmou Antônio Vicente Golfeto, diretor do instituto da ACI-RP.
Para ele, o comércio de Ribeirão Preto ainda tem resistido aos efeitos da crise nos mercados mundiais. Porém, caso haja uma recessão nas vendas, a economia local entrará em "depressão", o que significará problemas para a economia da cidade. "Se isso acontecer [redução nas vendas no comércio do município], a situação ficará extremamente complicada. Se o comércio parar, tudo vai parar", afirmou Golfeto.
Apesar da queda, o número de consultas que foram barradas no comércio local manteve-se praticamente o mesmo.
Em janeiro de 2008, 33,9% das compras não foram concluídas pois o nome do cliente estava negativado no SCPC. Neste ano, o índice subiu para 35%. Ou seja: em janeiro, de cada cem compras iniciadas, 35 foram barradas no caixa porque o comprador estava com o nome incluído no serviço de proteção ao crédito.
No entanto, as inclusões de devedores no SCPC em janeiro deste ano subiram 8,1% em relação a janeiro de 2008.
"O consumidor com dívidas geralmente para de gastar imediatamente", disse Golfeto.
A inadimplência no comércio fica mais visível quando se olha para os títulos protestados no Tabelião de Protestos e Notas, conforme a Folha publicou há uma semana. O último trimestre de 2008 registrou crescimento de 57,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. O protesto de títulos é mais comum entre pessoas jurídicas. (LUCAS REIS)


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