|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Família de Palma Travassos tenta impedir venda do estádio
DA FOLHA RIBEIRÃO
Os filhos de Francisco de
Palma Travassos, o empresário que doou o terreno para a
construção do estádio que leva seu nome, entrarão na
Justiça para impedir que o
imóvel seja vendido pelo Comercial e demolido.
Anteontem, um grupo
anunciou que pretende assumir o estádio e derrubá-lo
para construir um shopping.
Em troca, construirá outra
arena e quitará as dívidas do
clube de Ribeirão.
"Há uma cláusula no contrato de doação do terreno
que prevê que a área não pode ser vendida, nem mesmo
para a quitação de dívidas.
Não pode ser penhorado, não
pode ser doado a outro clube,
não pode ser vendido, nada.
Caso o Comercial feche as
portas, o estádio vai para a
prefeitura. Se a prefeitura
abrir mão, volta para a família", disse o agropecuarista
Ricardo Costa Travassos, 53,
um dos quatro filhos do doador do terreno.
Ele disse que a família vai
entrar com ação para impedir a negociação, reivindicando o estádio aos herdeiros. "Acho que meu pai teria
outro infarto se soubesse que
o estádio pode virar shopping." Francisco de Palma
Travassos morreu em 1977.
No entanto o presidente
do Comercial, Eduardo Baptista, disse ontem que a cláusula não é mais válida. "Isso
foi derrubado. A lei diz que se
for para quitar dívidas trabalhistas, a penhora ou a venda
do bem é válida. Se fosse válida, o estádio nem poderia ir a
leilão, como vem ocorrendo", disse o presidente.
Assim como já ocorrera há
um ano, não houve interessados em arrematar o estádio em leilão ontem. O estádio foi a leilão na 5ª Vara Trabalhista por conta de dívidas
com ex-funcionários, avaliadas em aproximadamente
R$ 5 milhões. O lance inicial
foi de R$ 5,3 milhões -segundo o Comercial, o estádio
vale mais de R$ 20 milhões.
A Justiça remarcou o leilão
para o dia 29 de maio.
(LUCAS REIS)
Texto Anterior: Pisando fundo: Dárcy "testa" carro da fórmula Indy nos EUA Próximo Texto: Tribunal de Justiça veta abertura do bairro Recreio Internacional Índice
|