Ribeirão Preto, Sábado, 18 de Abril de 2009

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FUTEBOL

Família de Palma Travassos tenta impedir venda do estádio

DA FOLHA RIBEIRÃO

Os filhos de Francisco de Palma Travassos, o empresário que doou o terreno para a construção do estádio que leva seu nome, entrarão na Justiça para impedir que o imóvel seja vendido pelo Comercial e demolido.
Anteontem, um grupo anunciou que pretende assumir o estádio e derrubá-lo para construir um shopping. Em troca, construirá outra arena e quitará as dívidas do clube de Ribeirão.
"Há uma cláusula no contrato de doação do terreno que prevê que a área não pode ser vendida, nem mesmo para a quitação de dívidas. Não pode ser penhorado, não pode ser doado a outro clube, não pode ser vendido, nada. Caso o Comercial feche as portas, o estádio vai para a prefeitura. Se a prefeitura abrir mão, volta para a família", disse o agropecuarista Ricardo Costa Travassos, 53, um dos quatro filhos do doador do terreno.
Ele disse que a família vai entrar com ação para impedir a negociação, reivindicando o estádio aos herdeiros. "Acho que meu pai teria outro infarto se soubesse que o estádio pode virar shopping." Francisco de Palma Travassos morreu em 1977.
No entanto o presidente do Comercial, Eduardo Baptista, disse ontem que a cláusula não é mais válida. "Isso foi derrubado. A lei diz que se for para quitar dívidas trabalhistas, a penhora ou a venda do bem é válida. Se fosse válida, o estádio nem poderia ir a leilão, como vem ocorrendo", disse o presidente.
Assim como já ocorrera há um ano, não houve interessados em arrematar o estádio em leilão ontem. O estádio foi a leilão na 5ª Vara Trabalhista por conta de dívidas com ex-funcionários, avaliadas em aproximadamente R$ 5 milhões. O lance inicial foi de R$ 5,3 milhões -segundo o Comercial, o estádio vale mais de R$ 20 milhões. A Justiça remarcou o leilão para o dia 29 de maio.
(LUCAS REIS)


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