|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Tribunal de Justiça veta abertura do bairro Recreio Internacional
Com a decisão, condomínio pode manter guarita que controla fluxo de visitantes
BRUNA SANIELE
DA FOLHA RIBEIRÃO
O TJ (Tribunal de Justiça) de
São Paulo votou a favor da manutenção do loteamento Recreio Internacional, em Ribeirão, como condomínio fechado,
contrariando pedido do Ministério Público Estadual de permitir livre acesso ao local. Com
isso, o condomínio vai poder
manter a guarita que controla a
entrada e saída de pessoas. A
Procuradoria Geral de Justiça
vai recorrer.
Com a decisão, a Sari (Sociedade de Amigos do Recreio Internacional), que administra o
loteamento, pode continuar
cobrando condomínio, de
R$ 200 por chácara. "Por lei,
nós podemos cobrar condomínio, que é para a manutenção
de despesas como portaria e segurança 24 horas", disse José
Roberto da Costa Marques, vice-presidente da Sari.
Os serviços de água e coleta
de lixo são fornecidos pela prefeitura, por meio do Daerp (Departamento de Água e Esgotos
de Ribeirão Preto), o que é vetado para condomínios privados.
Com a nova denominação, ele
terá que se responsabilizar pela
execução. O condomínio terá
que comprar o poço que fornece água ao local, que é do Daerp,
e construir outro poço ou comprar água da autarquia para o
abastecimento.
"Além de pagar pelo poço,
eles terão que construir uma
rede de esgoto e pagar pelo esgoto", afirmou Tanielson Campos, superintendente do Daerp.
O vice-presidente da associação contesta o pagamento pelo
poço."O Daerp tem que nos fornecer um projeto de como administrar a água para dentro do
condomínio."
Parte dos condôminos não
aprova o fechamento do condomínio -das 365 chácaras, 115
não pagam as taxas. De 2008
para 2009, o condomínio subiu
mais de 50% e passou de
R$ 132,50 para R$ 200.
"A luta vai continuar, porque
há muita gente insatisfeita. Isso
é uma excrescência jurídica. Eu
sou obrigado a morar em um
condomínio fechado e coagido
a pagar uma taxa de condomínio", disse o morador e membro da Abauri (Associação de
Bairros do Recreio Internacional) Gilmar Jacome, 50.
Os moradores também contestam as restrições impostas
pelo fechamento da área. Entre
as normas previstas no estatuto, está a multa de R$ 2.000 por
estacionamento em local proibido -a multa vigente em áreas
públicas é de R$ 127,69.
"Aquilo não pode ser condomínio fechado. Uma vez aprovado o loteamento, todas as
áreas de ruas e praças são incorporadas ao patrimônio público", disse o promotor Sebastião César da Silveira. Segundo
o acórdão, o Ministério Público
não podia ser autor da ação, que
deveria ter sido ajuizada pela
prefeitura ou por uma associação de moradores.
Texto Anterior: Futebol: Família de Palma Travassos tenta impedir venda do estádio Próximo Texto: Polícia: Ex-seccional de Ribeirão Preto retorna ao 2º DP Índice
|